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JUSTIÇA Terça-feira, 25 de Outubro de 2016, 18:12 - A | A

25 de Outubro de 2016, 18h:12 - A | A

JUSTIÇA / ESQUEMA NA ASSEMBLEIA

Dono de papelaria faz delação e deverá depor nesta sexta-feira

Revelação foi feita pela juíza Selma Arruda; Elias Nassarden Junior entregou esquema ao MPE

LUCAS RODRIGUES E THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO



A juíza Selma Arruda, da Vara Contra o Crime Organizado da Capital, revelou que o empresário Elias Abrão Nassarden Junior, dono da papelaria Livropel Comércio e Representações e Serviços Ltda., firmou um acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Estadual (MPE).

A delação é relativa à ação penal da Operação Imperador, que apura suposto esquema que teria desviado mais de R$ 61 milhões dos cofres da Assembleia Legislativa, de 2005 a 2009, por meio de compras de fachada com empresas fornecedoras de materiais gráficos.

O alegado esquema teria sido comandado pelo ex-deputado José Riva, que chegou a ser preso de abril a junho de 2015 em razão dos fatos. Segundo sua esposa, a ex-secretária de Estado de Cultura, Janete Riva, o próprio Riva já teria admitido a existência das fraudes.

São várias páginas de declarações e documentos juntados

Elias Nassarden Junior seria interrogado nesta terça-feira (25), mas a magistrada adiou o interrogatório para que as defesas dos demais réus tivessem conhecimento do teor das declarações do empresário.

"São várias páginas de declarações e documentos juntados" disse a juíza.

De acordo com Selma Arruda, a oitiva de Elias Nassarden Junior está marcada para esta sexta-feira (28), a partir das 10h.   

Promotor adianta detalhes  

O promotor de Justiça Marco Bulhões afirmou que Elias Nassarden Junior era o responsável por todas as empresas que integraram o esquema. Bulhões disse que era Nassarden quem recebia o dinheiro pago pela Assembleia pelos produtos que não eram entregues.

"Ele apenas emitia as notas fiscais, recebia o dinheiro da Assembleia, sacava em dinheiro e entregava para o senhor Edemar Adams [já falecido]. Segundo a tese do Ministério Público, Edemar repassava o dinheiro ao José Riva. Ele ficava com uma porcentagem para si. Destes R$ 40 milhões, à época, uma parte ficou para ele como recompensa por participar do esquema e o restante ele devolvia ao Edemar Adams que, por sua vez, entregava ao José Riva".

Bulhões disse que as empresas não existiam de fato.

"Elas não tinham estoque, não tinham movimentação na Sefaz. Como entregavam se não compravam nada? Como conseguiram vender mais de R$ 40 milhões de materiais para a Assembleia se ela nunca comprou material para revender?".

"Na delação, ele diz que teve contato com Edemar e com Riva, e que entregou dinheiro para o Riva. Com os demais réus, ele disse que não tinha contato. Ele esclarece que as empresas não existiam".

A operação

A ação proposta pelo MPE culminou com a prisão de José Riva em fevereiro de 2015. A prisão foi revogada em junho daquele ano.

Segundo o Gaeco, cinco empresas "venderam" mais de 30 mil toners à Assembleia mas, na época dos fatos, o Poder contava com apenas 150 impressoras.

As cinco empresas envolvidas no suposto esquema são: Livropel Comércio e Representações e Serviços Ltda, Hexa Comércio e Serviços de Informática Ltda, Amplo Comércio de Serviços e Representações Ltda, Real Comércio e Serviços Ltda-ME e Servag Representações e Serviços Ltda.

Além de Riva e Janete, foram denunciados servidores públicos e empresários. 

São eles: Djalma Ermenegildo, Edson José Menezes, Manoel Theodoro dos Santos, Djan da Luz Clivatti, Elias Abrão Nassarden Junior, Jean Carlo Leite Nassarden, Leonardo Maia Pinheiro, Elias Abrão Nassarden, Tarcila Maria da Silva Guedes, Clarice Pereira Leite Nassarden, Celi Izabel de Jesus, Luzimar Ribeiro Borges e Jeanny Laura Leite Nassarden.  

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