ANGELA JORDÃO
DA REDAÇÃO
A estudante de Direito, de 29 anos, Pabla Melo Klauss, foi condenada a uma pena de cinco anos, seis meses e 15 dias de reclusão, em regime inicial fechado, por integrar uma organização criminosa. Pabla ficou conhecida no final de 2024, quando foi presa no momento em que apresentava o TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) de Direito, em uma universidade particular em Rondonópolis.
A estudante é integrante da organização criminosa Comando Vermelho. As investigações da Polícia Civil apontaram que ela gerenciava as finanças da facção criminosa na região de Rondonópolis.
Na mesma sentença, foram condenados o companheiro de Pabla, Weslen Henrique de Lima Ramos – conhecido como “Todynho” ou “Radical” – e Valdelio Batista Chaves, também integrantes do Comando Vermelho. A sentença foi proferida pelo juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, e divulgada nesta quinta-feira (05/06).
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Weslen Henrique de Lima Ramos foi condenado a sete anos, quatro meses e 20 dias de reclusão, e Valdelio recebeu a pena de seis anos, cinco meses e 17 dias de reclusão, ambos em regime inicial fechado. O crime imputado aos três também é o de integrar organização criminosa.
Na decisão, o magistrado destacou que o regime inicial fechado é necessário pelo fato de os réus serem comprovadamente membros de organização criminosa complexa e voltada à prática de múltiplos delitos graves, “de modo que é imprescindível o recrudescimento da efetiva resposta penal a tal sorte de crime, dado que esta circunstância, por si só, revela a gravidade concreta do ilícito e a necessidade de se obstar as ações da facção, conforme reiteradamente reconhecido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ)”.
Ficha criminal
Os três réus possuem uma extensa ficha criminal e respondem a outras ações penais, incluindo tráfico de drogas e homicídio – no caso de “Todynho” ou “Radical”.
Pabla Melo Klauss começou a ser investigada em 2019, durante a Operação Reditus, que desarticulou parte da organização criminosa. Na época, foram cumpridos 67 mandados de prisão e 41 de busca e apreensão em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, resultando na prisão de 57 pessoas, incluindo membros da facção em Rondonópolis, Pedra Preta, Cuiabá e Amambaí (MS).
Em 2021, outra ação policial apreendeu R$ 45,3 mil em espécie na casa dela, valor apontado como oriundo do tráfico de drogas. A mulher também é investigada por tortura e homicídios praticados pela facção, além de ter sido presa em 2020 durante a Operação Rouge, que mirava integrantes do mesmo grupo criminoso.
Em 2024, Pabla voltou a ser alvo da Operação Nova Canaã, que investigava pontos de venda de drogas em Rondonópolis, incluindo o bairro Nova Canaã e áreas do centro da cidade. Na ocasião, a polícia cumpriu 26 mandados de busca e três de prisão contra membros da facção.
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