ALLAN PEREIRA
Da Redação
O trabalhador autônomo Juliano Fonseca, preso pela Polícia Militar por ter estuprado duas mulheres e roubado uma terceira vítima em Sinop (a 500 km de Cuiabá), tem cerca de 20 boletins de ocorrência contra si e possui mais de 20 ações judiciais em seu nome, segundo apurou o MidiaJur.
Juliano obrigou uma das vítimas a rezar com ele e perguntou em quem ela votaria. Em suas redes sociais, o estuprador seguia páginas de política e de teorias da conspiração.
O suspeito, de 37 anos, teve a prisão em flagrante convertida para preventiva em audiência de custódia realizada na 1º Vara Criminal de Sinop nesta terça-feira (27). Os investigadores de polícia que prenderam Juliano consideram o criminoso como "altamente periculoso".
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Juliano tem passagens por furto, receptação, ameaça, dano, uso de arma e diversas outras ocorrências nas cidades de Sinop, Sorriso e Feliz Natal. Já as ações judiciais são por esses mesmos crimes, além de mandados de prisão e pedido de medida protetiva feito por uma ex-mulher. Alguns destes processos estão em Segredo de Justiça.
Juliano conseguiu progredir de regime da pena no dia 13 de setembro, quando foi solto pela Justiça, sendo monitorado por tornozeleira eletrônica. Ele tinha rompido o equipamento quando foi preso, próximo a região central de Sinop, na tarde da última segunda-feira (26). Ele alegou que estava sob efeito de drogas quando cometeu os crimes.
O suspeito cometeu três crimes em menos de 24 horas com três vítimas mulheres de idades variadas, também na cidade de Sinop, entre a noite de sábado (24) e a manhã do último domingo (25).
A primeira vítima foi uma mulher de 43 anos, que teve a casa invadida pelo suspeito, por volta das 20h do último sábado (24). O suspeito havia chegado ao endereço em uma bicicleta e teria aproveitado uma escada, que estava na varanda, para subir até a sacada. Em seguida, ele a rendeu e cometeu o crime.
Na sequência, o bandido desceu até o térreo da residência, vendou a mulher e pediu que ela sentasse e fizesse uma reza com ele. Depois, o criminoso perguntou em que a vítima votaria e ela respondeu que não acompanha a situação política. Antes de roubar o celular e fugir, o homem relatou que roubar e estuprar era o que dava prazer a ele.
Da casa da primeira vítima, o suspeito abordou a segunda vítima, uma adolescente de 18 anos. O crime ocorreu na avenida dos Tarumãs. Ela retornava de bicicleta para casa por volta da 1h da manhã. Na ocasião, ela tentou fugir dele, mas foi alcançada, derrubada no chão e puxada pelo cabelo contra um muro.
O suspeito pediu o celular da jovem e a ameaçou de estupro, caso não ficasse quieta. A vítima conta que Juliano passou a mão em suas partes íntimas. Após os abusos e agressões, ele exigiu o celular, roubou e fugiu em seguida.
Apesar de não ter tido relação sexual, a nova configuração do crime de estupro compreende também atos libidinosos que não tenham conjunção carnal.
Já a terceira e última vítima, uma servidora pública de 69 anos, foi abordada por Juliano por volta das 10h do domingo (25). A idosa estava na frente da casa quando o suspeito anunciou o assalto e a ameaçou de morte, caso gritasse por socorro. Em seguida, ele aplicou uma mata leão com um dos braços, tampou a boca dela e a carregou para dentro de casa.
A servidora foi levada até o quarto, onde Juliano ordenou para que deitasse na cama, mas ela não obedeceu ao comando. Juliano tentou jogar a vítima na cama, mas ela acabou caindo no chão, oportunidade em que teve de correr para o banheiro e se trancar dentro do cômodo. Ele levou o celular da vítima e um relógio de pulso.
O homem foi preso depois que imagens de câmeras de segurança lhe mostraram em uma bicicleta, de cor vermelha, pela cidade. Após decisão do juiz em audiência de custódia, ele foi levado para a Penitenciária Dr. Osvaldo Florentino Leite Ferreira, a Ferrugem. A Polícia Civil continua a investigar o caso.
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