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JUSTIÇA Quinta-feira, 24 de Outubro de 2013, 11:43 - A | A

24 de Outubro de 2013, 11h:43 - A | A

JUSTIÇA / MORTE DE SÁVIO BRANDÃO

Ex-bicheiro João Arcanjo é julgado pelo Tribunal do Júri

Primeiro a depor foi delegado responsável pelo caso

DO MIDIANEWS



O Tribunal do Júri deu início, na manhã desta quinta-feira (24), ao julgamento do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro, acusado de encomendar o assassinato do empresário Domingos Sávio Brandão de Lima, fundador do jornal Folha do Estado.

O crime aconteceu em 2002, no canteiro de obras onde era construído o jornal, no bairro Consil, em Cuiabá.

O Júri é presidido pelo juiz Marcos Faleiros, vice-presidente do Tribunal do Júri de Cuiabá.

O promotor João Gadelha atua como representante do Ministério Público.

A previsão é de que o julgamento possa durar dois dias.

Confira em tempo real a sessão do Tribunal do Júri de Cuiabá:

Começa o julgamento de João Arcanjo (Atualizada às 08h41)

Vice-presidente do Tribunal do Júri, o juiz Marcos Faleiros, dá início aos trabalhos. No primeiro ato, a assessoria do TJ faz a leitura a relação dos jurados.

Senador diz que Estado precisa fazer Justiça (Atualizada às 08h45)

Antes de entrar no Tribunal, o senador Pedro Taques (PDT), uma das testemunhas de acusação, defendeu a condenação de Arcanjo. Segundo ele, o Estado precisa fazer justiça, sob pena de ser revelar omisso.

Jurados são escolhidos; entra a primeira testemunha (Atualizada às 9h45)


Defesa e acusação já escolheram, dentre as 25 pessoas presentes, quem irá compor o júri. Foram selecionados dois homens e cinco mulheres.

Neste momento, acaba de entrar a primeira testemunha, o delegado Luciano Inácio, que investigou o caso.

A movimentação, neste momento, é grande no Fórum de Cuiabá. Na entrada do tribunal, familiares de Sávio Brandão e funcionários da Folha do Estado usam camisetas pretas.

O juiz Marcos Faleiros da Silva, responsável pelo julgamento, fez leitura dos autos iniciais do processo, com as acusações que pesam contra João Arcanjo.

O advogado de Arcanjo, Zaid Ardib, afirmou que o Ministério Público precisa provar que Arcanjo matou o Sávio. Segundo ele, não há provas concretas.

Defesa tenta anular depoimentos de testemunhas de acusação (Atualizada às 9h59)

Antes de Inácio ser ouvido, a defesa de Arcanjo, Zaid Arbid, fez uma explanação tentando anular os depoimentos das testemunhas de acusação, principalmente do senador Pedro Taques, que na época era procurador da República e participou das investigações.

"O que Pedro Taques sabe sobre o homicídio? Com o que ele pode contribuir sobre o mando da morte de Sávio, sendo que ele não sabe o que se passou no momento dos fatos?", questionou.

Arbid pediu, ainda, que Taques se limite, em seu depoimento, aos fatos da morte de Sávio e não fale sobre a Operação "Arca de Noé", que não está sendo alvo do julgamento.

"O julgamento é sobre a morte de Sávio Brandão e não sobre outros supostos crimes de contravenção que Arcanjo possa ter cometido", afirmou.

Juiz responde questionamentos de advogado e mantém depoimento de Taques (Atualizada às 10h06)


O Juiz Marcos Faleiros, que preside o julgamento, afirmou que o depoimento de Taques é válido para o esclarecimento dos fatos, desde que ele respeite os limites e fale como informante, e não como testemunha.

Faleiros pediu, ainda, que Taques se atenha aos fatos da morte de Sávio e não discorra sobre a Operação Arca de Noé.

Delegado Luciano Inácio começa a ser ouvido (Atualizada às 10h10)

O delegado Luciano Inácio da Silva é o primeiro a ser ouvido pelos jurados. O depoimento dele está sendo tomado como informante, ou seja, sem compromisso de prestar juramento.

Arbid tentou desclassificar o depoimento do delegado, que esclareceu ter investigado a morte do empresário Sávio Brandão e que o nome de Arcanjo surgiu apenas depois.

O juiz orientou Luciano a se ater sobre os fatos e a guardar suas opiniões pessoais.

Delegado faz leitura de relatório de conclusão do inquérito de investigação (Atualizada às 10h28)


O delegado Luciano Inácio pediu para fazer a leitura do relatório feito na época da conclusão do inquérito. O pedido, porém, foi indeferido pelo magistrado.

O juiz permitiu, porém, que ele fizesse um relatório oral, pontuado nos documentos. O advogado de defesa entendeu a postura do delegado como direcionamento e pediu que ele falasse apenas o que se lembra.

Delegado Delegado diz que Sávio contrariou interesses de Arcanjo (Atualizada às 10h40)

Em seu depoimento, o delegado Luciano Inácio afirmou que Sávio Brandão estaria contrariando os interesses financeiros de Arcanjo e prejudicando seus negócios.

De acordo com ele, Nilson Teixeira, funcionário de Arcanjo, foi até à sede da Folha do Estado e pediu ao gerente do Jornal na época, Ciro Braga, para que parassem de publicar matérias contra Arcanjo.

Continua o depoimento do delegado Luciano Inácio (Atualizada às 10h58)

O delegado disse que o calibre da arma que matou Sávio Brandão era do mesmo tipo que matou o sargento Jesus. De acordo ele, Hércules foi o executor dos crimes.

Conforme o delegado, no inquérito nenhum investigado apontou Arcanjo como o mandante do crime. Mas, depois, quando Hércules foi recapturado pela polícia, ele disse que foi Arcanjo que mandou matar Sávio. E que depois Hércules voltou atrás.

Defesa começa a inquirir o delegado Luciano Inácio (Atualizada às 11h)


O advogado de defesa de Arcanjo, Zaid Arbid, insinuou que o delegado Luciano Inácio tenha sido induzido a perseguir Arcanjo após uma matéria veiculada pela Rede Globo, em dezembro de 2012, que "condenava" o comendador.

"O senhor é considerado um dos melhores investigadores da Polícia Civil. Tanto que não sei se continua, mas já esteve na divisão Anti-Sequestro. Com essa biografia, a sociedade mato-grossense fica perplexa ao ver que o senhor gastou exatamente nove meses e dois dias para concluir o inquérito. Se o nosso melhor delegado gasta esse tempo para concluir um inquérito envolvendo as pessoas que estão envolvidas, isso causa uma insegurança na gente. A espera do senhor de nove meses e dois dias foi para achar o corpo para colocar na cabeça do Acanjo? O que levou vossa senhoria a tanta demora?", questionou.

Luciano Inácio afirmou que nos nove volumes que compõem os autos, não cita reportagens da Globo.

Zaid questiona porque ameaças feitas à empresário foram ignoradas (Atualizada às 11h15)

O advogado de Arcanjo questionou o delegado Luciano Inácio da razão de ter ignorado, em suas investigações, a denúncia feita por Maria Luiza Clarentino de Souza, que dizia que Sávio Brandão havia sido ameaçado por uma empresa de madeireira do Nortão, em razão de uma matéria publicada pela Folha do Estado em 17 de setembro de 2002.

"A reportagem se referia a empresas fantasmas para importação e exportação de madeira que esse conglomerado financeiro do Nortão teria utilizado. Esse conglomerado utilizava as empresas que eram montadas aqui para fazer exportação e não recolhiam impostos. Quando vossa senhoria mandou cumprir os mandados de busca e apreensão na casa e no escritório de João Leite, atrás dessa firma fantasma, porque não citou o recibo de R$ 38 mil da madeireira, encontrado nos documentos de João Leite? A morte dele ocorreu 13 dias depois. Não seria uma situação que vossa senhoria devia ter investigado?", questionou?

Juiz repreende comportamento de Zaid durante o julgamento (Atualizada às 11h20)


O juiz interrompeu Zaid e pediu para que ele evite perguntas com indução de respostas e perguntas vexatórias.

"Seja mais objetivo e guarde a sustentação de defesa para o final", afirmou.

Delegado admite ter ignorado linha de investigação (Atualizada às 11h22)

O delegado Luciano Inácio negou que tenha sido induzido por reportagem da Rede Globo durante suas investigações. Ele afirmou que tal linha de investigação não foi seguida.

"Vi claramente a ligação de João Leite com Arcanjo e não com essa madeireira. Acho que é um pouco tarde para o senhor falar sobre isso. Todos que foram ouvidos no inquérito não deram destaque a isso. O homem que falava com os matadores era João Leite. Ele e Célio sempre se encontravam na Casa Amarela, que era uma casa de jogos eletrônicos. Deixei claro que algum outro interessado na morte de Sávio e pode ter arrebanhado o João Leite. Mas se eu pequei, está nos autos. A defesa [de Arcanjo] teve acesso aos autos e não questionou nada à época. A minha conclusão é essa", disse.

Defesa lê petição em que esposa de Sávio diz ter sido considerada suspeita (Atualizada às 11h28)


Zaid leu uma petição elaborada pelo advogado de Isabela Brandão, Eduardo Mahon, em que a viúva revela ter sido considerada suspeita, pela ex-sogra, como responsável pela morte do marido. O clima entre os familiares teria ficado "tenso" e os parentes de Sávio Brandão entraram com pedido para deterem a guarda do filho do casal, a fim de manterem controle sobre a herança.

Juiz interfere em comportamento

Irritado com as perguntas e análises do advogado Zaid Arbid, o assistente de acusação, Clóvis Sahione, interrompeu a ação da defesa e pediu que anotasse as suas observações e falasse no momento oportuno. O assistente foi interpelado pelo juiz Marcos Faleiros que lembrou a necessidade da ordem e pedido para interromper.

Recaptura de Hércules é questionada pela defesa de Arcanjo (Atualizada às 11h35)


Zaid lembrou que Hércules fugiu em maio de 2003 e foi recapturado em 12 de setembro do mesmo ano, em uma ação comandada pelo investigador Carlos Cunha que, sob orientação do delegado Luciano Inácio, foi com policiais até Machadinho D’Oeste (RO), onde teriam aterrorizado a família de Hércules, espancado seu irmão e destruíram a propriedade dos pais dele.

Zaid questionou porque o delegado não anexou o fato no inquérito, ao que o delegado respondeu que o procedimento não fazia parte da investigação e tratava-se de uma denúncia da família de Hércules, que poderia ser uma tentativa de descredibilizar a ação. Os fatos, segundo o delegado, foram apurados à parte.

"Uma coisa é o inquérito que trata do assassinato. Outra é o Boletim de Ocorrência registrado pela família de Hércules na Delegacia de Machadinho D'Oeste", disse Luciano.

A defesa ressaltou que Hércules confessou e apontou Arcanjo como mandante somente depois da família dele ser supostamente ameaçada. Luciano destacou ainda que o acusado foi recapturado dias depois da conclusão do inquérito.

Senador Pedro Taques começa a Depor (11h50)

O senador Pedro Taques não fala como testemunha, mas sim como informante.

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