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JUSTIÇA Terça-feira, 08 de Novembro de 2022, 15:56 - A | A

08 de Novembro de 2022, 15h:56 - A | A

JUSTIÇA / INJÚRIA RACIAL

Ex-juíza do TRE-MT acusa executivo de petrolífera de xenofobia durante jantar em pizzaria de Cuiabá

Juíza federal Clara da Mota, que já atuou na Justiça Eleitoral de Mato Grosso, relata ter sido vítima de ofensas por ser baiana e defender urnas

ALLAN PEREIRA
Da Redação



A juíza federal e ex-juíza titular da Justiça Eleitoral de Mato Grosso, Clara da Mota Santos Pimenta Alves, registrou um boletim de ocorrência na Polícia Federal (PF) contra o executivo Adriano Bastos, presidente da petrolífera britânica British Petroleum no Brasil, por um episódio de injúria racial ocorrido em um pizzaria de Cuiabá na última sexta-feira (04).

Conforme as informações publicadas na coluna da jornalista Mônica Bergamo, no jornal Folha de S. Paulo, o executivo teria proferido ofensas com teor xenofóbico sobre a Bahia, sendo que este é o estado natal da magistrada.

Clara da Mota auxilia o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, além de já ter atuado como juiza-membro titular no Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) até setembro deste ano.

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O Pleno do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) manifestou solidariedade à magistrada, ao final da sessão plenária desta terça-feira (08), em transmissão on-line - saiba mais abaixo.

No boletim de ocorrência registrado, a magistrada diz que o executivo teria atribuído a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Bahia, estado que "não produz nada" e "não possui PIB".

A juíza Clara da Mota, que é baiana, estava acompanhada de suas duas filhas pequenas e afirmou que o executivo sabe de sua origem e de sua ocupação. 

Para a PF, a magistrada relatou que um advogado teria se aproximado de sua mesa e proferido acusações de que as eleições haviam sido fraudadas, mas sem apresentar provas.

A magistrada defendeu as urnas, e uma colega confirmou que ela exercia a função de juíza e atuava no STF junto com Fachin.

Foi quando Adriano Bastos teria também se aproximado da mesa e dado início às agressões verbais.

O executivo teria dito ainda, conforme informação publicada no jornal Folha de S. Paulo, que o eleitorado de Lula é formado por "assistidos" de programas sociais, além de funcionários públicos que "não trabalham, não fazem nada".

Além de ter registrado a denúncia, a juíza notificou o setor de compliance da petrolífera e ingressou com uma ação na esfera cível, já que Clara e suas filhas eram as únicas pessoas de origem baiana na pizzaria.

Em nota, a companhia petrolífera British Petroleum apura o ocorrido e que " preza pelo respeito à diversidade e inclusão, em todos os países nos quais atua".

"A BP adota robustas regras no desenvolvimento de suas atividades e preza pelo respeito à diversidade e inclusão, em todos os países nos quais atua. Reconhecemos o compromisso do Brasil com a democracia e reforçamos que estaremos ao lado do governo brasileiro para produzir soluções em energia para o país. A companhia informa que está apurando o ocorrido", traz nota com posicionamento da empresa.

Solidariedade - O presidente do TRE-MT, desembargador Carlos Alberto Alves da Rocha, manifestou solidariedade à juíza federal Clara da Mota ao final da sessão desta terça-feira (08).

Carlos Alberto manifestou seu apoio a colega e disse que "é repugnante a discriminação que vem assolando este pais por causa de viés político".

"Cada um de nós temos a responsabilidade pelo futuro e de promover a pacificação, e para isso devemos começar a registrar esses fatos, essas agressões, e processar os seus autores. Receba a minha solidariedade, Dra. Clara, e esteja certa que é assim que se deve agir mesmo, punindo os transgressores”, diz.

A vice-presidente e corregedora regional eleitoral do TRE-MT, desembargadora Nilza Maria Pôssas de Carvalho, endossou a manifestação de solidariedade e ressaltou que, por se tratar de uma mulher, a covardia é ainda maior.  

Os demais membros da Corte do TRE e da Procuradoria Regional Eleitoral também endossaram o manifesto de apoio à magistrada.

Segundo a coluna da jornalista Mônica Bergamo, Clara da Mota também recebeu solidariedade de um grupo de magistradas do STF, nesta segunda-feira (07).

 
 

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