THAÍZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO
A Justiça condenou o ex-namorado da menor que matou a amiga Isabele Ramos, de 14 anos, a prestar serviços à comunidade por seis meses, por ato infracional análogo ao porte ilegal de arma de fogo.
O jovem também foi setenciado a um ano de liberdade assistida.
A decisão, dada nesta quinta-feira (4), é da juíza Cristiane Padim, da 2ª Vara Especializada da Criança e do Adolescente.
O teor da decisão não foi divulgado porque o caso corre em segredo de Justiça por envolver menor de idade.
O crime ocorreu em julho do ano passado no Condomínio Alphaville, em Cuiabá. O rapaz, que tem 16 anos, levou a arma que matou Isabele para a casa da então namorada.
A arma pertencia ao pai do jovem, o médico veterinário Glauco Fernando Mesquita Correa da Costa.
Glauco fez um acordo de transação penal no Juizado Especial Criminal Unificado de Cuiabá, pagou R$ 40 mil a uma instituição de caridade e teve a punibilidade extinta.
No dia 19 de janeiro, a juíza condenou a atiradora a 3 anos de internação por ato infracional análogo ao crime de homicídio doloso, quando há intenção de matar.
Desde então, ela cumpre internação no Complexo Pomeri, em Cuiabá.
Ao MidiaNews, o advogado Valber Melo, que faz a defesa o rapaz, afirmou que não irá comentar sobre a setença porque o caso corre em segredo Justiça.
O caso
A tragédia aconteceu quando o pai da atiradora, o empresário Marcelo Cestari, pediu que a filha guardasse uma arma que foi trazida pelo genro, de 17 anos, no quarto principal no andar de cima.
No caminho, porém, a garota desviou e seguiu em direção ao banheiro de seu quarto, ainda carregando a arma. Lá, ela encontrou Isabele, que acabou sendo atingida pelo disparo da arma.
A Politec apontou que a adolescente estava com a arma apontada para o rosto da vítima, entre 20 a 30 centímetros de distância, e a 1,44 m de altura.
Os pais da atiradora também respondem pelo caso.
Eles foram denunciados pelo Ministério Público Estadual por homicídio culposo, entrega de arma de fogo a pessoa menor, fraude processual e corrupção de menores e aguardam julgamento.
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