CAMILA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
O ex-secretário de Estado de Administração, César Zílio, foi transferido na manhã do último domingo (13) para o prédio do 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros, no bairro Verdão, em Cuiabá.
Zílio está preso desde a última sexta-feira (11), quando foi deflagrada a segunda fase da Operação Sodoma, pela Delegacia Fazendária (Defaz), da Polícia Judiciária Civil.
Ele é acusado de ter se beneficiado de dinheiro de propina para aquisição de um terreno de R$ 13 milhões, na avenida Beira Rio, na Capital, e também para pagar a construção de sua residência, no condomínio Florais do Lago, em Cuiabá.
Inicialmente, o ex-secretário foi encaminhado ao Centro de Custódia da Capital, mas teve sua transferência autorizada para o Corpo de Bombeiros, já que ele é advogado e, portanto, tem direito a permanecer em Sala de Estado Maior.
A transferência do ex-secretário atendeu a um Habeas Corpus impetrado pela Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Mato Grosso (OAB-MT).
Antes de seguir para o Corpo de Bombeiros, Zílio passou pela Central de Flagrantes de Cuiabá, para realização de exame de corpo de delito, procedimento padrão em caso de transferência de unidade prisional.
A assessoria do Corpo de Bombeiros não pode disponibilizar informações sobre a rotina de Zílio na unidade.
Veja momento em que ex-secretário deixa Central de Flagrantes e segue para Corpo de Bombeiros:
“Testa de ferro”
O empresário Willians Paulo Mischur, apontado pela Polícia Civil como “testa de ferro” e “peça-chave” do suposto esquema de propina e lavagem de dinheiro, desarticulado na 2ª fase da Sodoma, está detido no Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), o antigo Carumbé. Ele não possui curso superior.
Mischur foi encaminhado para a "ala evangélica" da unidade. Não há informações de quantas pessoas dividem a cela com o empresário - e as condições do local.
Marcus Mesquita/MidiaNews
Empresário Willians Mischuré apontado como "testa de ferro" do suposto grupo ciminoso
Esses detalhes, conforme a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), não são fornecidos por "questões de segurança".
As visitas aos detentos do CRC acontecem às terças e quintas-feiras.
As investigações apontam que Willians Mischur seria um dos prováveis fornecedores da propina utilizada para a compra de um imóvel de R$ 13 milhões, na Avenida Beira-Rio, no bairro Grande Terceiro, em Cuiabá.
Braço-direito de Nadaf
Já a ex-funcionária da Fecomércio (Federação Mato-Grossense do Comércio), Karla Cintra está presa na ala feminina do Centro de Custódia de Cuiabá (CCC).
De acordo com a Sejudh, responsável pela unidade, a rotina da ex-funcionária é a mesma dos demais recuperandos, independente de ter nível superior.
Na unidade, são oferecidas três refeições ao dia: café da manhã (torrada, café e chá), almoço e jantar, ambos servidos em uma marmitex, com arroz, feijão, carne e salada.
Karla pode receber visitas às quartas-feiras e aos domingos.
Marcus Mesquita/MidiaNews
Karla Cintra era monitorada por tornozeleira eletrônica e agora está detida no CCC
A ex-funcionária, considerada braço-direito do ex-secretário de Estado, Pedro Nadaf na Fecomércio, foi presa por força de mandado de prisão preventiva.
Ela já era investigada desde a primeira fase da Operação Sodoma e, desde então, estava sendo monitorada por tornozeleira eletrônica.
Na decisão em que decretou a prisão de Karla, a juíza Selma Arruda afirmou que a investigada está no rol de “prováveis membros da organização criminosa que agiram de modo a lavar os capitais obtidos ilicitamente”.
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