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JUSTIÇA Quinta-feira, 15 de Dezembro de 2016, 16:48 - A | A

15 de Dezembro de 2016, 16h:48 - A | A

JUSTIÇA / OPERAÇÃO RÊMORA

Ex-servidor nega esquema e diz que aceitou ganhar menos na Seduc

Wander Luiz dos Reis negou fazer parte de esquema de propinas e fraudes licitatórias

LUCAS RODRIGUES E THAÍZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO



 O ex-superintendente de Infraestrutura Escolar da Secretaria de Estado de Educação, Wander Luiz dos Reis, e o tambem ex-servidor Moisés Dias da Silva, negaram ter participado do esquema de propinas e fraudes em licitações que teria operado na pasta, investigado na Operação Rêmora.

Ambos foram interrogados, na tarde desta quinta-feira (15), pela juíza Selma Arruda, da Vara Contra o Crime Organizado da Capital.

Eu nunca conversei com ninguém sobre propina, nem com Giovani, nem com o secretário Permínio, nem com o deputado Guilherme Maluf

Wander Luiz e Moisés Dias chegaram a ser presos na 1ª fase da operação, em maio deste ano, mas foram soltos meses depois. Eles e o ex-servido Fábio Frigeri são acusados de passar informações privilegiadas ao grupo de empresários que compunha o cartel, além de garantir as fraudes nas licitações.

Em seu interrogatório, Moisés Dias negou ter qualquer conhecimento dos crimes.

"A denúncia é falsa. Eu não colaborei para esse esquema. Quando eu fui trabalhar na Seduc eu estava na Assembleia e o Wander teve um problema lá com o secretário e o deputado Guilherme Maluf me convidou para assumir o cargo. Eu disse que não podia naquele momento. Um mês depois ele [Maluf] me chamou de novo e disse que precisava que eu fosse para lá. Quando entrei, eu percebi que tinha muito acesso de pessoas não autorizadas lá e eu passei a fazer um controle rigoroso disso aí".

Ele também disse que relutou em aceitar o cargo, uma vez que ganhava mais de R$ 8 mil na Assembleia e, na Seduc, receberia apenas R$ 5 mil.

"Mas aceitei por acreditar que estava ajudando o grupo politico".

O ex-servidor afirmou que se reuniu com o delator Giovani Guizardi em três ocasiões, por conta do projeto "Escola Legal", que foi posteriormente suspenso.

 

 

"Eu nunca conversei com ninguém sobre propina, nem com Giovani, nem com o secretário Permínio, nem com o deputado Guilherme Maluf. Eu fui lá para trabalhar".

 

A juíza Selma Arruda questionou Moisés sobre o fato de ter ido para a Seduc ganhar um salário melhor.                  

"Como eu disse: eu acreditava que estava ajudando o grupo. O cargo era provisório, até que o deputado Guilherme Maluf arrumasse outra pessoa".

 

Outro ex-servidor nega

 

Marcus Mesquita/MidiaNews/Reprodução

Wander Luiz Gaeco

O ex-servidor Wander Luiz, que também negou esquema

 

O ex-superintendente da Seduc depôs no mesmo sentido que o colega.

"A denúncia é falsa. Eu era superintendente da Seduc, entrei de férias, e aí aconteceu essa operação e fui considerado foragido. Pedi para os meus advogados explicarem a situação, mas mesmo assim me prenderam lá em Natal", contou.

Wander Luiz confirmou que foi o deputado estadual Guilherme Maluf quem o indicou para o cargo na secretaria. Todavia, ele disse que não tinha conhecimento de que ocorriam tratativas ilícitas no local.

 

 

"O que eu tenho de conhecimento desse esquema eu vi pela imprensa. Eu era responsável pela merenda escolar e pelo transporte escolar. Eu tinha o controle também das medições das obras. Eu fazia um programinha para ver mês a mês as medições das empresas".

Ele disse que conhece o delator Giovani Guizardi mas, ao contrário da denúncia, afirmou que não atuava a mando dele, que é considerado o operador do esquema e "fiscal" das propinas pagas pelos empresários para receberem valores de obras e divisão de contratos.                      

"Conheci [Guizardi] na Secretaria de Educação. Ele me visitou lá como todos os empresários. Depois ele me convidou para conhecer a empresa dele, no Coxipó. Eu fui, era normal os empresários me convidar para visitar suas empresas. Em uma outra vez eu fui no escritório dele no Santa Rosa, mas lá ele já não foi tão amigável. Ele 'queria porque queria' participar do projeto da 'Escola Legal', que era uma ideia do secretário Perminio Pinto".                  

"Eu nunca ouvi falar que ele [Guizardi] coagia empresários para receber propina".

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