LUCAS RODRIGUES
DA REDAÇÃO
A rede de supermercados Modelo, que teve a falência decretada em outubro de 2014, acumula dívidas de R$ 142,8 milhões.
A informação consta no Diário Oficial desta terça-feira (14), que publicou o edital para a habilitação dos créditos das empresas que têm valores a receber da massa falida.
A publicação atende a uma decisão do juiz Flávio Miraglia Fernandes, da Vara de Falência e Recuperação Judicial de Cuiabá, que conduz o processo.
As empresas terão 15 dias para habilitarem seus créditos ou questionarem os valores informados.
Conforme a publicação, as maiores dívidas do grupo - comandado pelos empresários Altevir, Aldecir e Clairton Pierozan Magalhães - são com os bancos.
Dos R$ 142,8 milhões, os débitos com as instituições bancárias superam os R$ 92,6 milhões, representamdo 64,8% do total. Entre os bancos credores estão Santander, Itaú, Bradesco, Safra, Mercantil, Daycoval e Citibank.
Os débitos com demais empresas, a maioria formada por prestadoras e fornecedores de serviços, resultam em pouco mais de R$ 30 milhões.
Em julho do ano passado, o juiz Flávio Miraglia autorizou o levantamento de alvará judicial de R$ 1,8 milhão, para a quitação de dívidas trabalhistas, que possuem prioridade na ordem de pagamentos.
A massa falida do Modelo também já fez arrendamentos de bens, com autorização judicial, com o objetivo de obter dinheiro para o pagamento de parte das dívidas.
Falência
O Grupo Modelo chegou a ser considerado a maior rede de supermercados de Mato Grosso, em atividade ininterrupta desde 1984 e com 14 lojas, em Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Primavera do Leste.
A rede de supermercados fechou as portas em julho de 2014, pouco antes de a falência ter sido decretada.
Antes disso, o grupo tentava se reerguer por meio de processo de recuperação judicial, que não teve êxito.
Segundo o Modelo, a crise começou em 2010, época em que o endividamento da empresa saltou de R$ 32 milhões para R$ 121 milhões, “obrigando o grupo a renegociar suas dívidas, o que foi aceito apenas pelas instituições financeiras e consequentemente, redução significativa nos créditos e nas atividades comerciais”.
As turbulências do processo de recuperação, como o cancelamento da assembleia-geral de credores em 2013, foi outro motivo elencado pela empresa para pedir a falência.
O grupo afirmou que a situação estava “caótica” e não existia a menor possibilidade de dar prosseguimento às atividade.
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