Segunda-feira, 28 de Abril de 2025
icon-weather
instagram.png facebook.png twitter.png whatsapp.png
Segunda-feira, 28 de Abril de 2025
icon-weather
Midia Jur
af7830227a0edd7a60dad3a4db0324ab_2.png

JUSTIÇA Sexta-feira, 22 de Julho de 2016, 08:42 - A | A

22 de Julho de 2016, 08h:42 - A | A

JUSTIÇA / PEDIDO DE EX-SECRETÁRIO

Juiz nega sigilo em ação que apura suposto esquema com JBS

Bortolussi afirmou que documentos sigilosos sequer estavam na ação

LUCAS RODRIGUES
DA REDAÇÃO



O juiz Luís Aparecido Bortolussi Júnior, da Vara de Ação Civil Pública e Ação Popular de Cuiabá, negou o pedido de sigilo processual na ação de improbidade que apura suposto esquema que teria concedido benefícios fiscais indevidos, no valor de R$ 73,5 milhões, à empresa JBS Friboi S/A.

A decisão é do último dia 19. O pedido de segredo de Justiça foi feito pelo ex-secretário de Estado de Fazenda, Marcel de Cursi, réu da ação e preso desde setembro de 2015, por conta da Operação Sodoma.

No requerimento, Cursi alegou que o interesse da mídia por esse processo levou à exposição de sua família, o que teria resultado no sequestro de sua esposa Marnie de Almeida Cláudio.

O ex-secretário relatou que tal exposição fez com que Marnie, durante o sequestro, fosse “humilhada e submetida a horas de intensa tortura física e psicológica, por marginais que buscavam roubar uma considerável importância em dinheiro, alegadamente escondida na residência da família”.

marcel de cursi cpi de lado

O ex-secretário de Estado Marcel de Cursi: pedido de sigilo negado

O mesmo pedido de sigilo com base no sequestro já havia sido feito pelo ex-secretário nos autos da 1ª fase da ação penal da Operação Sodoma. Assim como Bortolussi, a juíza titular da ação da Sodoma, Selma Arruda, também negou o segredo judicial.

“Mera ilação”

Segundo o juiz Luís Bortolussi, os documentos apontados por Cursi como sigilosos e que não poderiam estar exposto ao público (extratos bancários, declarações de imposto de renda e dossiê integrado) sequer estavam no processo quando o pedido foi  feito.

“Ora, o simples fato de não estarem nos autos os documentos mencionados pelo réu, por si só, justificaria o pronto indeferimento do requerido”.

O magistrado afirmou que a ligação feita entre tais documentos e o sequestro de Marnie de Almeida não passa de “mera ilação, sem conteúdo revestido de certeza”.

Ora, o simples fato de não estarem nos autos os documentos mencionados pelo réu, por si só, justificaria o pronto indeferimento do requerido

“Desse modo, afigura-se não razoável associar o fato alegado como fundamento do pedido às informações publicadas pela imprensa oriundas deste processo, no que diz respeito à pessoa do réu Marcel de Souza Cursi, encontrando-se ausente o nexo de causalidade entre a apontada exposição e o referido crime”, registrou o juiz.

A ação de improbidade

Além de Cursi, a ação tem como réus o ex-governador do Estado, Silval Barbosa (PMDB), os ex-secretários de Estado Pedro Nadaf (Indústria, Comércio, Minas e Energia) e Edmilson José dos Santos (MT Par), o diretor da JBS Friboi, Valdir Aparecido Boni, e a própria JBS. Todos os réus tiveram os bens bloqueados em até R$ 73,5 milhões.

O Ministério Público Estadual acusa o grupo denunciado de ter criado uma linha de crédito “fictícia” para beneficiar o frigorífico.

De acordo com o órgão, eles teriam concedido à empresa três benefícios fiscais acumulado com o aproveitamento integral e supervalorizado do crédito de ICMS de entrada no valor de R$ 73,5 milhões.

Além de as medidas serem supostamente ilegais, segundo o MPE, o fato geraria concorrência desleal com os demais empresários do ramo.

Em janeiro deste ano, o juiz Luís Bertolucci não homologou TAC firmado entre a JBS e Valdir Boni com o MPE e o Estado, no qual pretendiam ser retirados como partes da ação após pagarem R$ 360 milhões ao Estado, em dezembro de 2015.

Ao negar o pedido de homologação, o magistrado justificou que a ação de improbidade não visa apenas a reparar os cofres públicos, mas também aplicar as devidas sanções legais, como multa, suspensão de direitos políticos e proibição de contratar com o Poder Público.

Com a decisão do magistrado, o MPE interpôs recurso junto ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso e também ao STJ, sendo que ambos os tribunais decidiram por não homologar o TAC.

Leia mais:

Juíza nega pedido de Cursi para colocar sigilo em ação da Sodoma

Esposa de ex-secretário detalha terror de sequestro e agressão

Defesa quer escolta policial para mulher de ex-secretário preso

Esposa de ex-secretário da Sefaz denuncia sequestro e agressão

Quer receber notícias no seu celular? Participe do nosso grupo do WhatsApp clicando aqui .

Tem alguma denúncia para ser feita? Salve o número e entre em contato com o canal de denúncias do Midiajur pelo WhatsApp: (65) 993414107. A reportagem garante o sigilo da fonte.


Comente esta notícia

Após ser preso por desacato, vereador nega que tenha desrespeitado policiais
#GERAL
"LAMENTO"
Após ser preso por desacato, vereador nega que tenha desrespeitado policiais
Após briga em boate, vereador mostra dedo a policiais e vai preso
#GERAL
TRANSTORNADO
Após briga em boate, vereador mostra dedo a policiais e vai preso
Motociclista cai após passar por quebra-molas e morre em UPA
#GERAL
FATALIDADE
Motociclista cai após passar por quebra-molas e morre em UPA
Homem é esfaqueado no pescoço e morre durante briga com desafeto
#GERAL
PRESO EM FLAGRANTE
Homem é esfaqueado no pescoço e morre durante briga com desafeto
Motociclista invade pista, bate em caminhão e morre na hora
#GERAL
EM ZIGUE-ZAGUE
Motociclista invade pista, bate em caminhão e morre na hora
Faccionado é sequestrado e executado a tiros
#GERAL
NINGUÉM FOI PRESO
Faccionado é sequestrado e executado a tiros
Confira Também Nesta Seção: