CINTIA BORGES
DA REDAÇÃO
A Justiça de Mato Grosso determinou o afastamento cautelar de Marcus Brito do cargo de procurador-geral de Cuiabá. Ele é alvo da segunda fase da Operação Overlap, da Polícia Judiciária Civil, na manhã desta quinta-feira (3).
O afastamento, segundo a determinação, será de 180 dias.
A ordem foi expedida pela juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 7ª Vara Criminal da Capital, que também determinou os quatro mandados de busca e apreensão em desfavor da Procuradoria-Geral do Município. Na Prefeitura de Cuiabá, o foco é o gabinete da Procuradoria-Geral.
Em nota, a Prefeitura afirmou que o procurador – sabendo ser alvo da Polícia Civil – já havia se manifestado pelo seu afastamento do cargo, pedido que foi aceito pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Ainda não se sabe quem irá assumir a Pasta.
“Reitera ainda o seu compromisso com a lisura e transparência na gestão pública e irá prestar todas as informações necessárias para conclusão de inquérito policial”, disse a Prefeitura na nota.
Desvios na Educação
A operação foi deflagrada pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) e Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO), em conjunto com o Gaeco do Ministério Público Estadual.
A operação apura desvios ocorridos na Secretaria de Educação de Cuiabá. As diligências realizadas nesta quinta-feira são o desdobramento das análises das primeiras buscas e de denúncia apresentada, após a primeira fase da operação realizada em junho deste ano.
A primeira fase da operação Overlap foi deflagrada no dia 23 de junho e teve como alvo principal o secretário de Educação de Cuiabá, Alex Vieira Passos, que está fora do cargo desde então.
O nome Overlap indica a sobreposição de itens licitados, pois as investigações apontaram duplicidade nas licitações identificadas, fazendo com que o município pagasse duas vezes pelo mesmo serviço.
Quer receber notícias no seu celular? Participe do nosso grupo do WhatsApp clicando aqui .
Tem alguma denúncia para ser feita? Salve o número e entre em contato com o canal de denúncias do Midiajur pelo WhatsApp: (65) 993414107. A reportagem garante o sigilo da fonte.