LAICE SOUZA
DA REDAÇÃO
A juíza Juliana Maria da Paixão, da 3ª Vara Criminal de Porto Velho –RO, mudou a decisão judicial que havia determinado o retorno de João Arcanjo Ribeiro para Cuiabá.
Com a nova decisão, publicada no fim da tarde desta quinta-feira (30), o ex-bicheiro Arcanjo vai permanecer preso na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Rondônia, por mais um ano.
Uma fonte do Tribunal de Justiça confirmou a decisão e informou que o comunicado foi encaminhado diretamente a Secretaria de Estado de Justiça e Direito Humanos.
Na secretaria foi confirmado a informação que Arcanjo não irá mais retornar a Cuiabá. A Assessoria de Imprensa informou que ainda não recebeu a decisão judicial.
"A informação chegou para a secretaria via um telefone da juíza para o secretário Luiz Antônio Pôssas de Carvalho, e a informação repassada pelo próprio secretário, é que a decisão da magistrada atendeu a solicitação da Sejuhd para manter Arcanjo na Penitenciária Federal”, disse.
Primeira decisão
No último dia 24, a mesma juíza havia determinado o retorno de Arcanjo para cumprir pena em uma unidade prisional de Mato Grosso.
Segundo a magistrada, o motivo para que Arcanjo fosse mantido em penitenciaria federal já teria cessado. Ela considerou que a manutenção dele em unidade de segurança máxima “era atentatório aos direitos mínimos de todo apenado”.
Assim que o Estado foi comunicado, a Secretaria de Justiça fez um pedido de reconsideração a magistrada para a manutenção de Arcanjo em Rondônia.
Condenação por assassinato
Antes de ir para Porto Velho, Arcanjo estava preso na Penitenciária Federal de Campo Grande, desde outubro de 2007, quando deixou a Penitenciária Central do Estado (PCE).
A permanência do ex-bicheiro em unidades federais de segurança máxima já foi renovada cinco vezes, desde a época em que deixou Mato Grosso.
Arcanjo responde por quatro processos de homicídios, referentes a nove vítimas, além de crimes de ordem financeira.
No ano passado, o ex-bicheiro foi condenado a 19 anos de prisão como mandante pelo assassinato de Sávio Brandão, ocorrido no dia 30 de setembro de 2002, em frente ao jornal Folha do Estado, em Cuiabá.
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