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JUSTIÇA Domingo, 25 de Dezembro de 2016, 15:36 - A | A

25 de Dezembro de 2016, 15h:36 - A | A

JUSTIÇA / NATAL EM FAMÍLIA

Juíza plantonista revoga prisão preventiva de Alan Malouf

Ele estava preso desde o dia 14 de dezembro, por conta da 3ª fase da Operação Rêmora

DOUGLAS TRIELLI
DO MIDIANEWS



A juíza plantonista Maria Rosi Meira Borba, do Fórum de Cuiabá, revogou neste sábado (24) a prisão preventiva do empresário Alan Malouf, decretada no último dia 14.

Com a decisão, o empresário passará o Natal com sua família. Em nota, a defesa do empresário afirmou que não irá comentar a decisão por conta do processo seguir em segredo de Justiça.

“Apenas reafirma que seu cliente sempre esteve à disposição das autoridades e segue contribuindo para o esclarecimento de todos os fatos”, diz a nota.

Alan foi preso durante a 3ª fase da Operação Rêmora, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado), a mando da juíza Selma Arruda, da Vara Contra o Crime Organizado da Capital.

A operação apura um esquema de propina e fraudes em licitações na Secretaria de Estado de Educação. (Seduc). O esquema consistia na exigência de dinheiro de empresários que tinham valores a receber da Pasta.

Alan Malouf é acusado de ser um dos líderes do esquema, ao lado do ex-secretário de Educação Permínio Pinto (PSDB), e do empresário Giovani Guizardi, que é delator das tratativas ilícitas.

Dívidas não declaradas 

Em depoimento ao Gaeco, relatou que ajudou o governador Pedro Taques a pagar por débitos não declarados de sua campanha eleitoral, em 2014.

Aos promotores de Justiça, o empresário disse: “Ao final da campanha, houve um débito de campanha não declarado, sendo que Pedro Taques me pediu apoio para o pagamento desse débito. Ajudei nessa composição, mas não me recordo, por hora, do montante”. 

Alan relatou ao Gaeco que, em março ou abril de 2014, foi procurado por “seu amigo” Pedro Taques, em sua residência, ocasião em que o então senador lhe teria dito que gostaria de se candidatar ao Governo do Estado.

“Ele me solicitou ajuda no sentido de conseguir apoio de partidos e pessoas. O grupo de apoio à sua candidatura era formado por mim e outros empresários”, disse. 

Segundo Alan, após vencer as eleições, Taques lhe perguntou se ele teria pretensão de ocupar algum cargo no Governo. Ele teria dito ao governador eleito que “não queria nada”.

Alan também disse aos promotores de Justiça que foi procurado por Giovani Guizardi, que é casado com sua prima Jamille Grunwaldi, que lhe relatou a ocorrência de um esquema na Seduc, com envolvimento de empresários do setor da construção e servidores da pasta.

Ele me disse que havia descoberto um jeito de arrecadar o dinheiro referente aos pagamentos das dívidas da campanha do governador Pedro Taques

"Ele me disse que havia descoberto um jeito de arrecadar o dinheiro referente aos pagamentos das dívidas da campanha do governador Pedro Taques. De pronto, eu recusei a participação no esquema. Mas, em uma segunda reunião com Giovani, decidiu aderir ao esquema deixando que ele gerenciasse tudo”, afirmou. 

Alan Malouf também confessou que recebeu aproximadamente R$ 260 mil do esquema na Seduc, diretamente de Giovani Guizardi. 

“Recebi o valor em três ou quatro vezes, por meio de envelopes contendo dinheiro que foram entregues em minha residência ou nas dependências da minha empresa”, afirmou.

Operação Rêmora 

A denúncia derivada da 1ª fase da Operação Rêmora aponta crimes de constituição de organização criminosa, formação de cartel, corrupção passiva e fraude a licitação.

Na 1ª fase, foram presos o empresário Giovani Guizardi; os ex-servidores públicos Fábio Frigeri e Wander Luiz; e o servidor afastado Moisés Dias da Silva. Todos já foram soltos.

Em maio deste ano, o juiz Bruno D’Oliveira Marques, substituto da Vara Contra o Crime Organizado da Capital, recebeu a denúncia.

Nesta fase, são réus na ação penal: Giovani Belato Guizardi, Luiz Fernando da Costa Rondon, Leonardo Guimarães Rodrigues, Moises Feltrin, Joel de Barros Fagundes Filho, Esper Haddad Neto, Jose Eduardo Nascimento da Silva, Luiz Carlos Ioris, Celso Cunha Ferraz, Clarice Maria da Rocha, Eder Alberto Francisco Meciano, Dilermano Sergio Chaves, Flavio Geraldo de Azevedo, Julio Hirochi Yamamoto filho, Sylvio Piva, Mário Lourenço Salem, Leonardo Botelho Leite, Benedito Sérgio Assunção Santos, Alexandre da Costa Rondon, Wander Luiz dos Reis, Fábio Frigeri e Moisés Dias da Silva.

Na segunda fase da operação, foi preso o ex-secretário da pasta, Permínio Pinto. Ele foi posteriormente denunciado junto com o ex-servidor Juliano Haddad. 

Neste mês foi deflagrada a terceira fase da operação, denominada “Grão Vizir”, que prendeu preventivamente o empresário Alan Malouf, dono do Buffet Leila Malouf.

A detenção do empresário foi decorrente da delação premiada firmada entre o empresário Giovani Guizardi e o MPE, onde Guizardi afirmou que Malouf teria doado R$ 10 milhões para a campanha de Pedro Taques no governo e tentado recuperar os valores por meio do esquema. 

A terceira fase resultou na segunda denúncia, que teve como alvos o próprio Alan Malouf, considerado um dos líderes do esquema, e o engenheiro Edézio Ferreira.

Leia mais:

Delator reclamou que Permínio o tratava como “office boy”

Gaeco: organização criminosa na Seduc tinha quatro núcleos

Gaeco denuncia Alan Malouf e engenheiro por fraudes na Seduc

Alan teria relatado que colocou dinheiro na campanha de 2014

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