ADILSON ROSA
DO MIDIANEWS

A Justiça condenou - em média, a 12 anos de prisão - os três acusados do assassinato da empresária Ângela Cristina Peixoto da Silva.

Aos 32 anos, ela foi executada com 24 facadas, em novembro de 2011, no bairro Jardim Presidente, em Cuiabá.

Daniel Paredes Ferreira, 20, foi condenado a 12 anos de prisão; Maycon José Cardoso Nogueira, 22, teve pena de 12 anos e oito meses.

Os dois foram condenados como executores e Kleber Azevedo Santos, de 22, pegou 12 anos e quatro meses por atuado como intermediário do assassinato.

O marido da empresária, Damião Francisco Rozendo, de 33 anos , teve o processo desmembrado. Os advogados dos condenados terão cinco dias para apelar da sentença.

O julgamento, iniciado na manhã de quarta-feira (20), terminou por volta de 16 horas desta quinta-feira (21), no Tribunal do Júri da Comarca de Cuiabá, presidido pela juíza Monica Catarina Perri de Siqueira.

Conforme a denúncia do Ministério Público Estadual, o marido da empresária é apontado como mandante do crime. Ele teria mandado executar a esposa por ela ter descoberto a suposta ligação dele com o tráfico de drogas.

A execução

O crime foi praticado na madrugada de 16 de novembro de 2011, na casa onde o casal morava, no Jardim Presidente II.

As investigações apontam que Damião contratou os pistoleiros porque a mulher descobriu que ele tinha ligação com o tráfico de drogas.

Os criminosos entraram na casa da família, mataram a mulher, roubaram aparelhos eletrônicos e produtos da casa e, depois, saíram na caminhonete S-10 da família.

Os executores foram presos menos de 24 horas após o crime, próximo de Ponta Porã (MS), na divisa com a Bolívia, para onde levavam uma picape S 10, de Damião, para ser trocado por cocaína.

O combinado era que ele deveria registrar queixa somente dois dias depois, mas policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) pediram o bloqueio do veículo, horas após o crime.

Damião chorou, durante o enterro da mulher, no Cemitério Parque Bom Jesus, em Cuiabá.

Tráfico

Um mês antes do crime, Daniel e Maycon teriam recebido a quantia de R$ 1,5 mil, que seria parte do pagamento pelo assassinato da empresária.

Na quitinete deles, no bairro Grande Terceiro, a Polícia Civil apreendeu cerca de 15 quilos de basta-base de cocaína, que pertenceriam a Damião.

Na semana passada, Damião foi condenado a 10 anos de prisão por tráfico de drogas.

Daniel Paredes Ferreira e Maycon José Cardoso Nogueira, a nove ano cada pelo mesmo crime.

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