MAX AGUIAR
DO MIDIANEWS
O juiz Gonçalo Antunes de Barros Neto, da 9ª Vara Especializada Delito Tóxico, decidiu rejeitar pedido de liberdade provisória feito pela defesa do estudante Carlos Eduardo de Alencastro Santana Lima, 32.
Conhecido como "Cadu", ele que foi preso no dia 17 de agosto com 52 comprimidos de ecstasy, na boate sertaneja Wood’s Bar, em Cuiabá.
O advogado do estudante, Zoroastro Teixeira, entrou com pedido de liberdade provisória, com a alegação de demora na conclusão do inquérito conduzido pela Delegacia de Repressão a Entorpecente (DRE).
O juiz Gonçalo Neto, no entanto, respondeu dizendo que o prazo para conclusão de casos de tráfico é de até 252 dias.
Cadu foi preso em flagrante ao tentar entrar no evento. Em seu primeiro depoimento, ele disse que a droga seria para consumo próprio, e não para venda dentro da boate.
A delegada que concluiu o inquérito, Juliana Chiquito Palhares, definiu o caso como tráfico de drogas e apresentou a denúncia ao Ministério Público.
A primeira audiência de instrução do caso foi marcada para esta terça-feira (11), no Fórum Criminal de Cuiabá.
Cadu foi indicado por dois crimes de tráfico. O primeiro aconteceu em 2011, quando ele portava uma quantia elevada de produtos com presença de bromazepam (substância química que deixa o usuário em estado de hipnose e sedado).
O vendedor estava saindo de uma festa na época e acabou batendo o carro, sendo flagrado com o produto.
Quando os socorristas do Samu, junto com a Polícia Militar, chegaram ao local descobriram os comprimidos com Cadu e, desde então, o inquérito continuava em aberto.
“Eu concluí os dois casos dele e o denunciei como traficante de drogas sintética”, disse a delegada Juliana Palhares.
Carlos Eduardo Santana Lima está preso no Raio 2 da Penitenciária Central do Estado (PCE), desde o dia 19 de agosto, dois dias após ter sido flagrado na boate Wood’s com compridos de ecstasy.
Segundo a delegada, esse foi o único flagrante feito na casa sertaneja.
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