DO G1
A Justiça de São Paulo aceitou nesta sexta-feira (14) denúncia apresentada pelo Ministério Público Estadual contra o empreiteiro José Aldemário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, da OAS, e o ex-tesoureiro do PT e ex-presidente da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop) João Vaccari Neto, além de outras dez pessoas por irregularidades relacionadas a oito empreendimentos.
O Ministério Público acusou os denunciados de prática de estelionato, pois teriam obtido vantagem ilícita, em prejuízo de vítimas, mediante artifício. Aponta estelionatos ligados a empreendimentos da empresa Bancoop, quando da transmissão das obrigações imobiliárias para a empresa OAS Empreendimentos, além de cobranças indevidas de taxa de eliminação e demissão e ainda com vendas de coisa alheia como própria.
A denúncia foi recebida parcialmente pela juíza Maria Priscilla Ernandes Veiga Oliveira, da 4ª Vara Criminal da Barra Funda.
Vaccari é acusado de associação criminosa, falsidade ideológica e violação à lei do condomínio, que diz que é crime contra a economia popular promover incorporação, fazendo, em proposta, contratos, prospectos ou comunicação ao público ou aos interessados, afirmação falsa sobre a construção do condomínio, alienação das frações ideais do terreno ou sobre a construção das edificações.
O advogado de Vaccari, Luiz Flávio Borges D'Urso, disse que o tema dessa denúncia já está inserido em outro processo da 5ª Vara Criminal referente também à Bancoop, já está em fase de sentença, no qual seu cliente deu todas as explicações. (veja abaixo).
O G1 tenta contato com o advogado de Léo Pinheiro, mas ainda não obteve retorno.
Léo Pinheiro é acusado de associação criminosa e estelionato.
A magistrada excluiu da ação os nomes do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da ex-primeira-dama Marisa Letícia, e de Fábio Lula da Silva e Igor Ramos Pontes, por entender que a denúncia contra eles, relacionada ao imóvel 164-A do edifício Solaris, foi apresentada pelo Ministério Público Federal e recebida pela 13ª Vara Federal de Curitiba.
Com relação ao empreendimento Casa Verde, a denúncia narra delito de falsidade ideológica e delitos de estelionato com relação à falta de entrega de unidades.
Com relação ao empreendimento Liberty Boulevard, a denúncia narra um delito de falsidade ideológica, um delito de estelionato com relação à falta de entrega de unidades que foram dadas em garantia por empréstimo.
Com relação ao empreendimento Mar Cantábrico, atual Solaris, a denuncia narra um delito de falsidade ideológica e delitos de estelionato.
Com relação ao empreendimento Absoluto, foram narrados umdelito de falsidade ideológica, delitos de estelionato pela diminuição da área do terreno e delitos contra a lei de condominio.
Com relação ao empreendimento Ilhas D'Italia, a denúncia narra delitos de falsidade ideológica e delitos de estelionato.
No empreendimento Absoluto, a denuncia narra delitos de falsidade ideológica, delitos de estelionato pela diminuição da área do terreno e delitos definidos pela lei do condomínio (Lei 4.591/64)
No empreendimento Colina Park, foi denunciado uma falsidadade ideológica.
No empreendimento Altos do Butantã são apontados delitos de falsidade idológica e estelionato.
Defesa de Vaccari
O advogado de Vaccari, Luiz Flávio Borges D'Urso, disse que o tema dessa denúncia já está inserido em outro processo da 5ª Vara Criminal referente também à Bancoop, que já está em fase de sentença.
"Penso que essa denúncia é imprópria porque naquele outro processo já se demonstrou que o senhor João Vaccari, enquanto dirigente da Bancoop, teve uma conduta absolutamente legal, inclusive recuperando a Bancoop até com a assinatura de Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público para que os cooperados pudessem receber os apartamentos que compraram. Isso tudo está demonstrado exaustivamente no outro processo. Me parece que o tema é o mesmo."
Quer receber notícias no seu celular? Participe do nosso grupo do WhatsApp clicando aqui .
Tem alguma denúncia para ser feita? Salve o número e entre em contato com o canal de denúncias do Midiajur pelo WhatsApp: (65) 993414107. A reportagem garante o sigilo da fonte.