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JUSTIÇA Sexta-feira, 27 de Julho de 2018, 18:54 - A | A

27 de Julho de 2018, 18h:54 - A | A

JUSTIÇA / ESCUTAS CLANDESTINAS

Lesco diz que emprestou R$ 24 mil para compra de equipamento

O ex-secretário-chefe da Casa Militar é um dos réus na ação que corre na Justiça Militar

THAIZA ASSUNÇÃO E CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO



O ex-secretário-chefe da Casa Militar, coronel Evandro Alexandre Ferraz Lesco, admitiu que emprestou R$ 24 mil ao cabo Gerson Luiz Ferreira Corrêa Júnior para que este comprasse equipamentos de interceptação telefônica.

Ele prestou depoimento nesta sexta-feira (27), ao juiz Murilo Mesquita, da 11ª Vara Militar do Fórum de Cuiabá, na ação penal que apura os crimes militares relativos ao suposto esquema de grampos clandestinos operado em Mato Grosso. 

Além dele e Gerson, também são réus na ação penal o ex-comandante da PM, Zaqueu Barbosa, o coronel Ronelson Barros, ex-adjunto da Casa Militar, e o coronel Januário Batista.

No depoimento, Lesco negou, no entanto, ter conhecimento de que o dinheiro seria utilizado para a compra da ferramenta de escutas.

“Não direcionei nenhum valor para o operação. Emprestei dinheiro para o cabo Gerson a título de imperativo pessoal, no início de 2015, para ele fazer um projeto de tecnologia da informação. Emprestei com recursos próprios”, afirmou.

Segundo Lesco, apesar de ter apenas emprestado o dinheiro a Gerson, a emissão da nota fiscal em seu nome ocorreu sem sua autorização.

Desconheço a interceptação de qualquer sentido. Eu nunca tive atribuição de inserir ou suspender números, questões técnicas e jurídicas na minha atribuição no Gaeco ou fora de lá

A nota fiscal registrada no nome de Evandro Lesco foi anexada à denúncia apresentada pelo promotor de Justiça Mauro Zaque à Procuradoria Geral da República (PGR), a respeito do sistema de grampos ilegais.

“Tomei conhecimento dessa nota fiscal pela imprensa. Não conheço essa nota”, afirmou.

Segundo Lesco, ele ainda não recebeu pelo empréstimo feito a Gerson.

Em depoimento à Polícia Civil em outubro do ano passado, porém, o cabo - que decidiu colaborar com as investigações - disse que além dos R$ 24 mil, Lesco também repassou para ele outro cheque, no valor de R$ 33 mil. 

No mesmo interrogatório, o cabo revelou que o ex-secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, teria repassado R$ 50 mil para Lesco bancar despesas da chamada “grampolândia”. 

A compra equipamento, porém, conforme Gérson, foi arcada sozinho por Lesco.

“Parece-me que houve uma promessa de repor esse dinheiro, mas não foi coberto, né”, disse na época. 

"Desconheço interceptações" 

O juiz Murilo Mesquita questionou Lesco sobre como a nota saiu no nome dele.

“Eu não sei por quê. Mas acredito que por o cheque ser meu, e por eu ser um oficial de polícia, e ter meu CPF. Acredito que foi isso”, respondeu.

O ex-secretário afirma que o cabo Gerson nunca comentou sobre a prática de "barriga de aluguel" nas interceptações telefônicas.

“A mim não ele nunca disse que iria empregar esse valor em interceptação. Não tem coerência alguma eu emitir um cheque de pessoa física para algo ilícito”, disse.

Ele diz que só tomou conhecimento das interceptações de políticos, jornalistas e advogados pela imprensa. 

“Desconheço a interceptação de qualquer sentido. Eu nunca tive atribuição de inserir ou suspender números, questões técnicas e jurídicas na minha atribuição no Gaeco. Em 2015 fui designado para a Casa Militar. Em nenhum momento trabalhei com escutas clandestinas ou tive conhecimento delas", afirmou.

Coronel Barros também prestou depoimento

Além de Lesco, o coronel PM Ronelson Barros também prestou depoimento nesta sexta.

Assim como Lesco, ele também negou ter participado das escutas clandestinas.

"Não sei nem porque estou aqui. Nunca pedi nada, nem assinei relatório nenhum", assinalou. 

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