LAICE SOUZA
DA REDAÇÃO
O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) e a Ong Moral não querem que o TJ-MT (Tribunal de Justiça de Mato Grosso) eleja o desembargador Carlos Alberto Alves da Rocha como membro do TRE-MT (Tribunal Regional Eleitoral). Em nota encaminhada a imprensa, o MCCE faz um apelo ao TJ-MT e manifestou a preocupação pelo fato de que o desembargador teria sido um dos nomes citados na Operação Asafe, da Polícia Federal, que investigou um esquema de venda de sentença na Justiça Estadual em 2010.
O MidiaJur foi o primeiro site a noticiar, nesta quinta-feira que Carlos Alberto estava sendo cotado, juntamente com Juvenal Pereira da Silva, para assumir uma vaga no TRE. (Veja AQUI)
De acordo com o MCCE, mesmo com a maioria dos ministros tendo rejeitado as denúncias contra o magistrado, “restam dúvidas sobre a participação ou não dele nos fatos denunciados pelo Ministério Público”.
O MCCE ainda coloca em dúvida a atuação do desembargador quando da sua passagem pelo TRE, na época em que era juiz. Para o movimento, Carlos Alberto teria evitado a “cassação certa do então vereador eleito Sérgio Ricardo”.
“As entidades subscritoras fazem um apelo aos componentes do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, para que não seja conduzido ao Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso um dirigente que tem contra si, pelos menos, suspeitas de comportamento incompatível com a dignidade do cargo”, conforme trecho da nota.
A redação do MidiaJur entrou em contato com o Tribunal de Justiça, mas até a edição da matéria não havia ainda a informação se o presidente Rubens de Oliveira já havia tomado conhecimento do apelo dos movimentos sociais.
Veja a nota abaixo:
APELO PÚBLICO AO TJMT
O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral – MCCE, o Movimento Organizado Pela Moralidade Pública e Cidadania – MORAL e o Movimento "Nas Ruas", vêm a público manifestar preocupação com as notícias veiculadas pela imprensa de que o desembargador Carlos Alberto Alves da Rocha será escolhido para presidir o Tribunal Regional Eleitoral nos próximos dois anos.
1 - Considerando que as denúncias de venda de sentença contra o referido desembargador na chamada “Operação Asafe”, foram acolhidas pelo voto da relatora, ministra Nancy Andrighi, e outros dois ministros, embora rejeitadas por maioria, restam dúvidas sobre a participação ou não dele nos fatos denunciados pelo Ministério Público;
2 – Considerando que em sua outra passagem pelo TRE/MT ocorreu ao menos um caso que não foi esquecido pela população, onde a atuação deste desembargador evitou a cassação certa do então vereador eleito Sérgio Ricardo; e,
3 – Considerando que a gestão atual do TRE/MT foi exemplar, e que a administração anterior levou o órgão ao descrédito justamente por outro acusado na “Operação Asafe”.
As entidades subscritoras fazem um apelo aos componentes do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, para que não seja conduzido ao Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso um dirigente que tem contra si, pelos menos, suspeitas de comportamento incompatível com a dignidade do cargo.
Cuiabá, 11 de outubro de 2012.
Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral - MCCE
Movimento Organizado Pela Moralidade Pública e Cidadania- MORAL
Movimento "Nas ruas"
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