KATIANA PEREIRA
DO MIDIANEWS
O Ministério Público Estadual vai pedir a condenação máxima para as quatro pessoas acusadas do assassinato da adolescente Maiana Mariana Vilela.
A revelação foi feita pela promotora Lindinalva Rodrigues, nesta terça-feira (31), durante a audiência de pronúncia e instrução dos acusados do crime.
A representante do MPE reafirmou que, na visão da instituição, a execução da garota - que tinha 16 anos - foi um "crime bárbaro" e seus autores merecem a pena máxima.
A promotora se pronunciou sobre caso após a mãe de Maiana, a diarista Sueli Mariano iniciar seu depoimento, por volta das 10h, na 2ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra Mulher, no Fórum de Cuiabá.
Emocionada, Sueli voltou a culpar o ex-namorado da filha, o empresário Rogério Amorim, 38, pelo assassinato. Ele está preso, juntamente com a mulher, Calisângela de Moraes, 36, e outras duas pessoas que teriam tido participação direta no crime.
Segundo ela, Rogério "armou" o plano para matar Maiana, a partir do momento em que lhe ofereceu uma passagem para o Paraná, como "presente da aniversário".
Nesta terça-feira, devem ser ouvidos os depoimentos das testemunhas arroladas pelas partes e, depois, vão ser interrogados os acusados. O processo corre em segredo de Justiça.
O MPE alega que Rogério contratou Paulo Ferreira e Carlos Alexandre para executarem a menor.
Os quatro foram indiciados por homicídio triplamente qualificado, sem reação de defesa da vítima, emboscada, paga ou recompensa, e ocultação de cadáver.
Paulo e Alessandro também foram indiciados pelo furto de R$ 100 da carteira de Maiana.
Sete meses após ter sido assassinada, o corpo da adolescente foi liberado do Instituto Médico Legal (IML), na segunda-feira (30).
Caso Maiana
Maiana Vilela, 16, desapareceu no dia 21 de dezembro de 2011. Investigações mostram que a jovem foi vítima de um plano cruel para o seu assassinato, supostamente tramado pelo ex-namorado Rogério Amorim.
Segundo a Polícia, Rogério contratou Paulo Ferreira e Carlos Alexandre para executarem a menor.
Ele deu um cheque de R$ 500 para Maiana descontar no Banco Itaú, no CPA 1.
Ela teria que levar R$ 400 desse dinheiro para pagar um caseiro, em uma chácara, na região do bairro Altos da Glória.
Esse pagamento era parte do plano de Rogério para atrair Maiana para o seu algoz.
A garota foi até a chácara, entregou o dinheiro para Paulo, que a matou em seguida, por asfixia. Ele teve a ajuda de Carlos Alexandre.
A dupla colocou a menor no banco traseiro de um automóvel Uno, de cor prata, que pertencia a Paulo. Eles levaram o corpo de Maiana até a empresa de Rogério, no bairro Três Barras, para que ele comprovasse a morte da ex-namorada.
Depois disso, o corpo da menina foi enterrado em uma área afastada na estrada da Ponte de Ferro, a cerca de 15 km de Cuiabá.
O corpo de Maiana foi resgatado por policiais, após terem prendido os supostos envolvidos.
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