DA REDAÇÃO
COM ASSESSORIA
O Mutirão de Conciliação da Universidade de Cuiabá (Unic) realizado em parceria com o Poder Judiciário de Mato Grosso fez tanto sucesso que foi prorrogado para os dias 10, 11 e 12 de dezembro. Uma segunda parcial, divulgada no início da tarde desta sexta-feira (7), mostra que em quatro dias já houve negociação de aproximadamente R$ 1,2 milhão. O montante é referente a dívidas de universitários com a instituição de ensino.
O valor arrecadado pode ser ainda maior, tendo em vista que muitos débitos foram negociados para pagamento em diversas parcelas. A expectativa é que até o final da tarde de hoje o total de acordos fechados alcance a casa dos R$ 2 milhões.
A coordenadora da Central de Conciliação e Mediação da Capital, juíza Adair Julieta da Silva, observa que a grande procura significa que as pessoas queriam pagar suas dívidas. “Elas só precisavam de uma oportunidade ou facilidade para pagamento”, assinala.
A magistrada explica que quando se faz um mutirão como este, a empresa envia pessoas da matriz com mais poderes de ampliar a negociação, de oferecer mais descontos e benefícios para o adimplemento. Adair Julieta observa que a conciliação e a mediação são vantajosas para todas as partes. “Se fosse judicializar a questão, a empresa poderia levar quatro a cinco anos para receber”, ressaltou.
O advogado Alex Ferreira, que presta serviços de cobranças à UNIC, avalia que o mutirão está sendo satisfatório. “Para a faculdade é bom porque recupera um aluno e, além disso, há um implemento de caixa em um período que o custo da faculdade é mais alto que o normal em virtude da necessidade de pagar 13º e dar férias ao corpo docente”, ressalta. Alex conta que a maioria dos que procuraram regularizar a situação no mutirão não estava estudando mais e, por isso, a universidade tinha grande dificuldade para localizar esses ex-alunos. “Muitos que apareceram não haviam sido nem notificados, vieram porque viram a propaganda na TV”, conta.
No local do mutirão também foi disponibilizada uma mesa com um funcionário para fornecer informações referentes aos documentos necessários para se ter acesso ao FIES, programa de Financiamento Estudantil do Governo Federal. “O FIES é um excelente caminho para quem quer cursar uma faculdade. O Governo financia até 100% da mensalidade, os juros são menores que os da poupança e você tem uma carência de um ano e meio depois de formado para começar a pagar”, complementou.
A universitária Carol Prado foi uma das pessoas que aproveitaram a oportunidade de acertar os débitos. Ela conta que só pagou a matrícula do curso de Direito, estudou por um semestre, mas como não se identificou com o curso, acabou abandonando-o. Com a negociação, a dívida, que estava em R$2.700,00 caiu para R$1.620,26, para ser parcelada em seis vezes. Hoje ela cursa fisioterapia e vai poder pagar os débitos antigos sem parar de estudar. “Estou me sentindo mais tranqüila agora que consegui regularizar essa situação. Digo para quem ainda não veio que vale a pena, pois os descontos são bacanas”, afirmou.
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