LAICE SOUZA
DA REDAÇÃO

A falta de interesse dos magistrados do Estado, em concorrer às sete vagas disponibilizadas para a comarca de Rondonópolis, em processo de promoção de carreira, levantou uma polêmica na útlima sessão do Pleno do Tribunal de Justiça, realizada quinta-feira (24/5). O desembargador Orlando de Almeida Perri destacou que a falta de interesse dos magistrados é um recado para o Judiciário Estadual.

“Isso mostra que foi um equívoco elevar a comarca de Rondonópolis para a Entrância Especial. Ela foi criada com um derrame de execuções fiscais promovidas pela prefeitura, para que a comarca tivesse o número de processos necessários para promoção”, afirmou o desembargador.

Ainda segundo Perri, ele sabe que vai “causar polêmica com essa declaração perante a classe política de Rondonópolis”. Para o desembargador, a magistratura envia um recado muito claro para o Judiciário de Mato Grosso.

Já o desembargador Sebastião de Moraes afirmou que o fato deve ser analisado pelo Tribunal de Justiça e, dependendo do resultado, seria o caso de aplicar o que o código estabelece. “Temos que analisar até um possível rebaixamento, que está previsto no código, porque o interesse maior é do Judiciário”, destacou.

Promoção

No concurso de promoção de carreira da magistratura, que foi realizado ontem, das sete vagas disponíveis para os juízes em Rondónópolis, apenas uma vaga foi preenchida. As demais não tiveram interesse dos magistrados.

A comarca foi elevada a Entrância Especial em 2001, pelo então presidente do Tribunal, desembargador Munir Feguri. No ato de aprovação, a comarca teria preenchido todos os requisitos básicos para elevação como movimento forense, número de habitantes/eleitores, receita tributária e situação geográfica.

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