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JUSTIÇA Sexta-feira, 18 de Julho de 2025, 07:57 - A | A

18 de Julho de 2025, 07h:57 - A | A

JUSTIÇA / ITENS DE LUXO E FORTUNA

PF conclui que 2 desembargadores de MT receberam propina de advogado assassinado

João Ferreira Filho e Sebastião Moraes Filho estão afastados; diálogos com Zampieri comprovam esquema

ESTADÃO



A Polícia Federal concluiu que dois desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, João Ferreira Filho e Sebastião de Moraes Filho, praticaram atos de corrupção em troca de pagamentos de propina feitos pelo advogado Roberto Zampieri e outros intermediários. Esses repasses ocorreram por meio de transferências bancárias, depósitos, relógios de luxo e até uma barra de ouro.

Procurados, os advogados de João Ferreira dizem que não há prova de crime e a defesa de Sebastião de Moraes não  quis se manifestar (ver mais abaixo). “Com base no conjunto probatório reunido até o momento, a Polícia Federal entende que as hipóteses criminais inicialmente formuladas se encontram, em grande parte, confirmadas por um corpo consistente de indícios, especialmente quanto ao possível envolvimento dos desembargadores João Ferreira Filho e Sebastião de Moraes Filho nos crimes de corrupção passiva (art. 317 do CP) e lavagem de dinheiro (art. 1º da Lei 9.613/9)”, diz o relatório policial obtido pelo Estadão.

Em um dos diálogos do advogado Roberto Zampieri, em agosto de 2023, ele acerta com um empresário a compra de um relógio de luxo relógio da marca Vacheron Constantin, modelo Fiftysix Automático, para o desembargador João Ferreira. O valor estimado do bem foi de R$ 158 mil.

Zampieri enviou fotos do item ao empresário e depois lhe pergunta: “O que você acha de presentear o nosso amigo com esse relógio?”. O homem respondeu: “Acho justo”. Meses depois, Zampieri enviou mensagem ao próprio desembargador com a foto de outro relógio de luxo, da marca Patek Philippe, e disse que levaria um exemplar para o magistrado. “O senhor conhece esse modelo?”, perguntou Zampieri.

João Ferreira respondeu que se tratava de um exemplar “clássico” da marca e disse que era “maravilhoso”. “Eu vou levar esse para o senhor ver, amanhã ou sexta”, afirmou o advogado.

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A investigação identificou que uma das empresas de Zampieri transferiu R$ 5 milhões para uma enteada do desembargador João Ferreira. Para a PF, seria mais uma das formas de repasse de propina.

Assassinado em dezembro de 2023 em Cuiabá, Zampieri se tornouo pivô dessa investigação sobre venda de decisões judiciais. A PF ainda encontrou comprovantes de depósitos bancários de Zampieri para o desembargador, Sebastião de Moraes Filho, que totalizaram R$ 500 mil.

O advogado também ofereceu ao magistrado uma barra de ouro de 400 gramas como uma das formas de pagamento de propina. De acordo com o relatório, o item tinha valor equivalente a R$ 126 mil. “Denota-se, daí, uma possível movimentação típica de lavagem de dinheiro operacionalizada por meio da utilização de barras de ouro, correspondente ao valor da propina”, diz o relatório.

A defesa de João Ferreira Filho afirmou que “não há qualquer indicativo de atuação indevida”. “Conforme já demonstrado por sua defesa técnica, não há qualquer indicativo de atuação indevida por parte do desembargador João Ferreira Filho. Inclusive, não há nada que permita concluir que teria ele se beneficiado de qualquer forma de sua atividade judicante”, disse.

Os advogados do desembargador Sebastião afirmaram que irão se manifestar nos autos do processo. “A defesa técnica do desembargador Sebastião de Moraes Filho informa que, como já tem feito, se manifestará nos autos acerca do relatório apresentado pela Polícia Federal, dado que o procedimento se encontra sob sigilo. De toda sorte, esclarece que, com o desenrolar das investigações, a verdade será plenamente restabelecida”, afirmou a defesa.

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