ANGELA JORDÃO
DA REDAÇÃO
A Polícia Militar de Mato Grosso citou por edital, publicado no Diário Oficial do dia 10 de junho, o soldado José Cleidinaldo dos Santos, que responde a um sindicância interna, investigado por aplicar golpe de pirâmide, por meio de uma plataforma financeira, contra uma mulher em Cuiabá.
Diante da ausência de informações sobre seu paradeiro e após tentativas frustradas de localizá-lo para notificação pessoal, o militar foi citado por meio de edital publicado no Diário Oficial. A citação, assinada pelo 2º sargento Ademilson Aparecido de Moraes, responsável pela sindicância, convoca o policial a comparecer ao 1º Batalhão da Polícia Militar, no bairro Porto, em Cuiabá, no próximo dia 19 de junho.
O edital publicado em busca do policial é referente a falta, sem apresentar justificativa, aos serviços administrativos nos dias 13, 14, 15, 16 e 17 de fevereiro de 2023, quando estava devidamente escalado na sede do 1º Batalhão.
Segundo a PM, as condutas do soldado, ainda em apuração, configuram, em tese, infrações disciplinares previstas no Regulamento Disciplinar da PMMT, entre elas: deixar de cumprir normas regulamentares, não comunicar em tempo à autoridade superior a impossibilidade de comparecer ao serviço e faltar ou chegar atrasado a atos de serviço.
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Caso não compareça na data estipulada, o processo seguirá com a designação de um defensor dativo, que terá três dias para apresentar a defesa do militar. A ausência pode ser considerada revelia, conforme estabelece a legislação interna da corporação.
Esquema de pirâmide
Em 2023, José Cleidinaldo dos Santos respondeu a outra sindicância, instaurada a partir de um boletim de ocorrência registrado contra ele. O fato aconteceu em 2020. José Cleidinaldo se apresentou para a vítima como representante de uma suposta financeira que negocia cartas de crédito. A vítima comprou o título por R$ 15 mil – 20% do valor de face da suposta carta de crédito, que seria de R$ 75 mil. Após descobrir que o título era falso, a mulher reclamou com o policial, chegou a receber uma parte do valor pago, mas não o restante. O soldado estaria se “esquivando” de devolver o restante dos R$ 15 mil. Diante disso, a mulher registrou um Boletim de Ocorrência contra ele.
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