DA REDAÇÃO
Policiais da Delegacia Fazendária apreenderam, na manhã desta sexta-feira (11), cerca de R$ 1 milhão nas residências do empresário Willian Paulo Mischur, dono da empresa Consignum, que atua na área de empréstimo consignado para servidores públicos.
Ele foi um dos presos preventivamente na segunda fase da Operação Sodoma, que investiga fraudes e pagamento de propina em troca de incentivos fiscais concedidos pelo Estado, na gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB).
Willian Paulo Mischur foi alvo de três mandados de buscas. Um deles foi cumprido na sede da Consignum, e dois em suas residências: uma em um edifício, no bairro Santa Rosa, e outra em uma casa no condomínio Naútico Portal das Águas, no Manso.
O dinheiro será contado com auxílio de máquinas e, depois, depositado em conta judicial.
A operação Sodoma 2 cumpre nesta sexta-feira 21 ordens judiciais decretadas pela Vara Especializada Contra o Crime Organizado, sendo 11 mandados de buscas e apreensão, cinco mandados de prisão preventiva e cinco mandados de condução coercitiva.
Foram cumpridos os cinco mandados de prisão contra os ex-secretários Pedro Jamil Nadaf (Indústria e Comércio), Marcel Sousa de Cursi (Fazenda), César Roberto Zílio (Administração); Willian Paulo Mischur (Consignum – empresa de empréstimo consignado para servidores públicos); e Karla Cecília de Oliveira Cintra, assessora direta de Pedro Nadaf, que na primeira fase da operação Sodoma teve medida cautelar para uso de tornozeleira eletrônica decretada e agora foi expedida ordem de prisão.
Os ex-secretários Nadaf e Cursi estão presos desde a primeira fase da operação Sodoma, em setembro de 2015, no Centro de Custódia de Cuiabá. Eles tiveram novamente mandados de prisao decretados e cumpridos.
A operação Sodoma 2 apura conduta dos membros da organização criminosa na utilização de recursos provenientes do pagamento de propina e lavagem de dinheiro. Os trabalhos são desdobramentos das investigações relacionadas à concessão fraudulenta de incentivos fiscais do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso, o Prodeic.
As investigações apuraram que parte dos cheques repassados como pagamento de propina a servidores públicos foram utilizados para aquisição de um imóvel localizado na Avenida Beira Rio, bairro Grande Terceiro, em Cuiabá.
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