LISLAINE DOS ANJOS
MIDIA NEWS
Cássio Manoel de Assunção, 42, e Oneide Maria da Silva Assunção, 31, sofreram um acidente na BR-070, em Nossa do Senhora do Livramento (47 km ao Sul de Cuiabá), no último dia 26 de janeiro.
Ambos retornavam da Escola Estadual José de Lima Barros, no Distrito de Saval, na zona rural, onde trabalham, quando o professor perdeu o controle do carro e bateu contra uma árvore. Chovia no momento do acidente.
O casal passou uma semana na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Cássio fraturou seis costelas e Oneide teve o rosto quebrado em 12 pontos diferentes. Ela necessita, com urgência, de uma cirurgia reparadora para implantação de placas e evitar a deformação da face.
De acordo com Cássio, o plano de Saúde do Governo autorizou a cirurgia da esposa, marcada já para a próxima quarta-feira (22), mas não quer arcar com o custo integral dos materiais que terão de ser utilizados na operação.
O MT Saúde autorizou o pagamento de pouco mais da metade dos materiais, que totalizam R$ 20,5 mil.
“O plano só autorizou R$ 11,9 mil e não quer autorizar o restante. Agora, ela (esposa) não pode esperar e precisa passar por essa cirurgia urgentemente. O médico disse que se ela não fizer até semana que vem, vai ficar com o resto deformado pra sempre”, disse o professor.
Segundo ele, o plano teria alegado que o valor autorizado é o teto de serviços que o MT Saúde pode cobrir e que nada mais poderia ser feito.
O advogado do casal, Viriano Pereira Leite, afirmou que, ainda hoje, deverá ingressar com um pedido de antecipação de tutela para obrigar o plano a autorizar o uso dos materiais na cirurgia.
“A resposta liminar, favorável ou não, deverá sair provavelmente até sexta-feira (17)”, afirmou o advogado.
Outro lado
O MidiaNews tentou falar com o médico-cirurgião que cuida do caso de Oneide, mas ele não atendeu aos telefonemas.
A assessoria da Secretaria de Administração (SAD), órgão ao qual o MT Saúde está vinculado, até a edição desta matéria, não se pronunciuou.
Histórico
Essa não é a primeira vez que os clientes do programa MT Saúde têm encontrado dificuldades para ter acesso a atendimentos médicos, mesmo mantendo a contribuição em dia.
Os usuários, que são responsáveis pelo custeio de 70% do programa, já encontraram dificuldades, no ano passado, para realização de procedimentos mais simples, como marcar consultas médicas ou realizar exames, por falta de pagamento do programa aos médicos, clínicas e hospitais.
No Estado, são aproximadamente 54 mil usuários e, destes, 17 mil são titulares.
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