LAICE SOUZA
DA REDAÇÃO
O presidente do Sindicato dos Defensores Públicos do Estado, Clodoaldo Aparecido Gonçalves de Queiroz, afirmou, em entrevista ao MidiaJur, que a administração irregular de André Prieto, na Defensoria Pública de Mato Grosso, afastou a instituição do Governo do Estado e do Poder Legislativo.
“Hoje, estamos nessa situação porque ele (Prieto) se fechou para o diálogo. Criou uma guerra com o Governo. Ficamos estagnados e isolados”, disse o sindicalista.
Faltando três meses para a eleição do novo defensor público-geral, na avaliação de Queiroz, o que a instituição precisa é de um gestor que saiba dialogar.
“Os quesitos honestidade e probidade pressupõem que todo defensor tenha essas qualidades. O que aconteceu com Prieto é um fato isolado. É preciso diálogo, porque a Defensoria precisa ser reconstruída”, afirmou.
Sobre a possibilidade de disputar o pleito eleitoral, marcado para novembro deste ano, o defensor descartou a hipótese.
“Ainda estou no início do meu mandato e vou cumprir minha promessa de campanha e ficar até o fim da gestão. Para essas eleições, não serei candidato, mas, na próxima, quem sabe”, destacou.
Apesar de apenas o defensor Djalma Mendes (ex-presidente) ter se manifestado pela pretensão de disputar o pleito, Clodoaldo Queiroz afirmou que, no momento da inscrição das chapas, que deve ocorrer entre os meses de setembro de outubro, muitos nomes podem surgir.
“Vai haver outros nomes. Sei que defensores do interior estão se organizando e haverá mais candidaturas”, disse.
"Fora do normal"
O presidente do sindicato descreveu a situação pela qual passa a Defensoria, com o afastamento de André Prieto do cargo, como “fora do normal”.
Para ele, qualquer outro defensor que estivesse na função daria um rumo diferente à instituição.
No ponto de vista dele, a crise não afetou apenas a imagem da instituição perante os Poderes Legislativo e Executivo, mas teve reflexos no dia a dia do trabalho dos defensores, principalmente do interior do Estado, que estariam passando por dificuldades.
“Faltam, até mesmo, as coisas básicas para fazer as unidades funcionarem. Tudo precisa ser restruturado”, avaliou Queiroz.
Afastamento de Prieto
André Luiz Prieto foi afastado do cargo de defensor público geral, em maio deste ano, pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso, pelo período de 120 dias, a pedido do Ministério Público Estadual.
Ele é acusado de supostamente ter praticado fraude nos contratos para abastecimento da frota de veículos da instituição e de fretamento aéreo.
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