DA REDAÇÃO
A Corregedoria Geral da Justiça do Poder Judiciário de Mato Grosso (CCJ- TJMT) inaugurou na sexta-feira (10/06) um sistema de autoatendimento eletrônico na Secretaria Unificada de Fazenda Pública, no Fórum da Capital. Desenvolvida pelo Departamento de Aprimoramento da Primeira Instância (Dapi), a ferramenta vai oferecer mais organização e celeridade no atendimento ao público.
Para o advogado Renato Melón, que frequenta a secretaria, a mudança foi muito satisfatória. “Realmente a advocacia vinha enfrentando uma série de problemas por conta da alta demanda da Fazenda Pública e a falta de senha acarretava certo desconforto. Com a senha eletrônica e o painel para todos verem suas respectivas senhas, com certeza vai ter uma melhora no atendimento e, por conseguinte, no andamento do processo”, avaliou.
Funcionamento – A partir de agora, ao chegar à secretaria, o advogado ou a parte vai pegar uma senha, que poderá ser convencional ou preferencial, e aguardar a sua vez de ser atendido. Quando um dos cinco guichês fica desocupado, a atendente aciona o sistema, que chama em voz alta e apresenta em uma tela o número da senha e em qual guichê a pessoa deverá ser atendida.
Segundo a Corregedora-geral da Justiça, desembargadora Maria Erotides Kneip, são as pequenas coisas que vão melhorando o Judiciário. “O conjunto é composto por estas pequenas coisas. O bom atendimento faz a diferença. O advogado chega repleto de demandas e não pode perder tempo esperando. Nós temos o dever de atender bem. Nós levamos a demanda para o Dapi, que procurou uma solução, desenvolveu e hoje já está implantando. As coisas funcionam quando estamos motivados e estamos muito motivados para prestar uma Justiça cada vez melhor. A intenção é futuramente expandir esse sistema”, disse.
A corregedora falou ainda sobre a importância de exaltar o trabalho dos servidores da secretaria. “Esse balcão é o retrato da secretaria. Se eu pudesse, investiria em servidores para realizarem exclusivamente esse trabalho, pois é no balcão que atendemos aqueles que pagam o nosso salário”, salientou.
Reginaldo Cardozo, diretor do Dapi, contou que a solicitação por um sistema que organizasse os atendimentos da secretaria foi feito no dia 31 de maio. “Em oito dias úteis a ferramenta foi adequada e implementada. E o mais importante, sem nenhum custo para o Tribunal de Justiça. Primeiramente serão utilizadas senhas em papel. Mas, em breve, compraremos um monitor touch screen e uma impressora térmica”, anunciou.
Unificação das Varas
A necessidade do sistema de autoatendimento eletrônico surgiu após o aumento da demanda processual vindo com a unificação das cinco varas da Fazenda Pública em uma só secretaria, explicou o juiz Luiz Aparecido Bertolucci. “Como o atendimento das cinco secretarias passou a ser feito em um local só, nós ampliamos o espaço e o número de guichês de atendimento e, agora, implantamos o autoatendimento eletrônico. O grau de satisfação não só dos jurisdicionados aumenta, mas também dos servidores da secretaria que trabalham com mais tranquilidade.”, assinalou o magistrado.
O gestor de expedição da Secretaria Unificada, Edmar Delgado, também destaca as melhorias. “Antes as varas eram separadas e tinham suas responsabilidades próprias. Cada gestor tomava conta de toda a vara. Era uma grande carga de responsabilidade, considerando que cada vara tinha em torno de 15 mil processos. Hoje, com a unificação das cinco varas, a situação mudou completamente. Embora o volume de processos tenha aumentado, a nova metodologia de trabalho fez com que as rotinas ficassem mais rápidas e organizadas. Cada gestor agora cuida de um setor especifico. Têm dois gestores cuidando da juntada, um na expedição, um no atendimento e um nas cargas. Isso melhorou muito a nossa qualidade de vida. Até a minha esposa percebeu a diferença. Chego em casa mais tranquilo e feliz”, revelou.
Para o juiz Luiz Aparecido Bertolucci, “com a unificação, não há mais demanda reprimida, ou seja, processos onde precisam ser juntados documentos. Antes havia uma espera. Cada secretaria trabalhada separadamente, o trabalho era maior do que agora, que podemos escalonar o que cada um executa. Uma petição protocolizada ontem, já é juntada hoje, os processos que vem dos gabinetes para expedição também são expedidos no máximo em uma semana. O processo não fica mais parado na secretaria esperando alguma atividade, indo rápido para o juiz.
No primeiro momento a unificação não foi vista com bons olhos, por conta de alguns ajustes que precisavam ser feitos. Mas, com a boa vontade dos servidores e também dos advogados, a situação foi sendo atenuada. Agora a senha vem pra resolver a questão de uma forma geral. “Vivemos na sociedade da era da informação e com o Judiciário não poderia ser diferente. Os processos eletrônicos e os sistemas eletrônicos vêm para facilitar o trabalho do advogado e do servidor, o que por consequência aumenta a celeridade dos processos”, disse o advogado Renato Melón.
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