ALLAN PEREIRA E LÁZARO THOR
Da Redação
Um grupo de servidores e/ou ex-funcionários da Politec estão sendo investigados pela Delegacia Especializada de Combate a Corrupção (Deccor), da Polícia Civil, pelo desaparecimento de uma espingarda sob a custódia do órgão para perícia no ano de 2014. Entre os alvos do inquérito, estão terceirizados, efetivos e até estagiários. Pelo menos um dos investigdos não está mais vivo.
Segundo apuração feita pelo MidiaJur, a espingarda foi usada em uma ação de roubo a um mercado do bairro Jardim Imperial II em Cuiabá, em fevereiro de 2009.
A investigação começou depois que um boletim de ocorrência de furto foi registrado, na Polícia Civil, no ano de 2014.
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Naquele ano, um ofício do juízo da 6ª Vara Criminal de Cuiabá cobrou o encaminhamento da espingarda para a Polícia Civil e do laudo, pois a arma tinha sido enviada a Coordenadoria de Criminalista da Politec em fevereiro 2009.
No mesmo ofício foi constada que a arma estava endereçada a coordenadoria e tinha sido recebido pelo setor, no mesmo dia de fevereiro de 2009, apesar de não ser possível de identificar de quem recebeu a arma.
Ao verificar a arma, a Diretoria da Crimanalística não conseguiu encontrar a espingarda e o auto de entrega do armamento não constava o nome do servidor. A arma e o documento também não estavam com a Polícia Civil.
Após verificar o possível extravio ou furto, a Diretoria da Crimanalística da Politec compareceu a Delegacia da Polícia Civil do Coxipó e registrou um boletim de ocorrência por furto.
Um ofício de 2018 da Politec aponta que o desaparecimento da arma motivou nenhum Processo Administrativo Disciplinar, mas uma investigação preliminar foi iniciada para identificar os responsáveis. "Entretanto, o grande lapso temporal entre a realização da perícia e a notificação do desaparecimento resultou em sensíveis dificuldades para identificar o responsável", destaca autoridade policial em ato que abriu inquérito.
A 8ª Promotoria de Justiça Criminal da Comarca de Cuiabá pediu que a Polícia Civil apurasse o desaparecimento da arma. O pedido foi deferido pela 6ª Vara Criminal da Capital. O caso foi investigado pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Cuiabá e remetido depois para a Delegacia Especializada de Combate a Corrupção (Deccor).
A Deccor abriu um inquérito para apurar o autor do desaparecimento da arma. No início, o MP viu indícios da prática de furto, mas afastou a possibilidade em razão do responsável não ser identificado. Por isso, classificou o crime como peculato, pois tudo correu dentro de um órgão público. O caso segue sob investigação.
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