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JUSTIÇA Sexta-feira, 20 de Maio de 2016, 14:20 - A | A

20 de Maio de 2016, 14h:20 - A | A

JUSTIÇA / RGA DO JUDICIÁRIO

Sindicalista reage a veto e diz que Fávaro desrespeita poderes

Presidente do Sinjusmat, Rosenwal Rodrigues diz que alegação do governador é "chula" e o aconselha a "plantar soja"

DOUGLAS TRIELLI
DA REDAÇÃO



O presidente do Sindicato dos Servidores do Judiciário de Mato Grosso (Sinjusmat), Rosenwal Rodrigues, reagiu à decisão do governador em exercício, Carlos Fávaro (PSD), de não pagar a reposição inflacionária (Revisão Geral Anual) dos servidores do Poder Judiciário.

O sindicalista classificou a decisão como “lamentável” e disse que Fávaro afrontou 30 desembargadores e 24 deputados estaduais. Para ele, houve ingerência de um Poder sobre o outro e afirmou que Fávaro deveria ir "plantar soja".

“O vice-governador está no lugar errado. Ele tem que ir plantar soja. O atual Governo está tentando, a todo custo, que os outros poderes não paguem a RGA dos trabalhadores.

O vice-governador está no lugar errado, ele tem que ir plantar soja. Ele está afrontando 30 desembargadores e dando um tapa na cara de 24 deputados

O que é mais lastimável é que ele está afrontando uma decisão plenária do Tribunal. Afrontando 30 desembargadores, que decidiram ter condições de pagar a Revisão, como vem sendo pago religiosamente todos os anos”, afirmou o sindicalista ao MidiaNews.

“Vejo isso com muita preocupação, porque o Governo está afrontando o Judiciário de Mato Grosso, porque são poderes independentes. Além disso, o Governo está dando um tapa na cara de 24 deputados que aprovaram nosso projeto”, disse.

Segundo Rosenwal, o Judiciário mandou à Assembleia o projeto para pagar integralmente a RGA, de modo a não cometer improbidade administrativa.

Ele observou que o próprio presidente do TJ, Paulo da Cunha, já afirmou ter condições de pagar a reposição.

“O Governo afrontou os deputados, inclusive, o líder [Wilson Santos], que votou favorável aos trabalhadores. Então, é lamentável o que está acontecendo. O atual Governo está buscando a desarmonia dos poderes”, afirmou.

Justificativa chula

O sindicalista afirmou que deve procurar o presidente do Tribunal de Justiça e os outros 29 desembargadores, de modo a buscar apoio pelo pagamento da reposição.

Paulo da Cunha está em viagem e deve se posicionar somente na tarde desta sexta-feira (20).

Rosenwal disse acreditar que o veto será derrubado no plenário do Legislativo.

“O Governo tem que gerenciar a casa dele, não o Legislativo ou Judiciário. Se existe mazelas no Executivo, que tome atitude e providências, que faça enxugamento dentro do Executivo. Agora, interferir em outros poderes, não”, disse.

A justificativa de crise econômica é chula. Enxuga. Nós não temos culpa se o Executivo está gerenciando errado a máquina

Ele classificou como “chula” a justificativa de Fávaro, de que o veto é reflexo da crise econômica nacional.

“A justificativa de crise econômica é chula. Enxuga. Se ele enxugar a máquina dele, vai conseguir colocar em dia o Executivo. Nós não temos culpa se o Executivo está gerenciando errado a máquina administrativa do Estado”, afirmou.

“Nessa ação ficou claro que o Governo está dizendo: ‘Olha, quem manda no dinheiro do Estado sou eu, e não autorizo a gastar desse jeito’. O que é isso? Então, não precisa existir os três Poderes. Um só governa por tudo”, ironizou.

O veto

O governador em exercício Carlos Fávaro vetou integralmente a mensagem que determinava o pagamento da reposição inflacionária dos servidores do Judiciário. A decisão circula no Diário Oficial desta sexta-feira (20).

De acordo com ele, o pagamento foi vetado por “ausência de interesse público”.

Segundo ele, apesar da independência financeira dos Poderes, o orçamento público advém do caixa do Executivo. Ele ressaltou ainda, na decisão, a recessão econômica que passa o país e a necessidade de um “pacto contra a crise”.

“A despeito dos elevados propósitos que deram ensejo a este Projeto de Lei, a presente proposta merece ser vetada por ausência de interesse público, considerando a grave crise econômica do Brasil e do Estado de Mato Grosso, e que apesar da independência financeira dos Poderes, o orçamento público é uno”, disse.

“Além disso, temos que ter a compreensão de que se trata de um momento de união, sendo imprescindível um pacto contra a crise, de modo que o esforço deve ser suportado não só pelos servidores do Poder Executivo, pois apenas com o trabalho em conjunto pode ser superada a crise financeira que atinge todo o país”, afirmou.

Leia mais sobre o assunto:

Governador em exercício veta reposição inflacionária do TJ

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