CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO
O Tribunal de Justiça julga nesta quarta-feira (8) o habeas corpus impetrado pela defesa do empresário Ramos de Faria e Silva Filho, acusado de vender 22 respiradores falsos para a Prefeitura de Rondonópolis ( a 220 km de Cuiabá).
Os respiradores custaram aos cofres públicos cerca de R$ 4 milhões.
O HC será apreciado pela Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso e tem como relator o desembargador Pedro Sakamoto. Participam da câmara ainda os desembargadores Rui Ramos e Alberto Ferreira de Souza. Liminarmente, o pedido foi negado pela Justiça.
O empresário está preso desde o dia 30 de abril na Penitenciária de Mata Grande, em Rondonópolis.
Conforme as investigações da Polícia Civil, Ramos teria usado uma empresa em nome de um laranja para cometer o crime. Os equipamentos seriam utilizados para tratar pacientes com a Covid-19.
Segundo informações obtidas pela reportagem, o empresário foi denunciado pelo Ministério Público do Estado (MPE) por estelionato e por crime contra a ordem econômica.
Em entrevista recente, o delegado Santiago Rozendo Sanches e Silva, da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), afirmou que o suposto “laranja” identificado como Jesus de Oliveira Vieira de Sousa, teve o mandado de prisão preventiva expedido mas ainda continua foragido.
Entenda o caso
Os respiradores foram comprados para atender pacientes graves da Covid-19 no Município. Após negociações, uma equipe da Prefeitura de Rondonópolis foi até a Goiânia (GO) para buscar os aparelhos.
Antes de fazer o carregamento, foram feitas fotos dos equipamentos e encaminhadas para a Secretaria de Saúde, sendo demonstrado pelos adesivos que se tratavam dos ventiladores pulmonares.
Desta forma, o pagamento foi efetuado pela Prefeitura, porém, quando os equipamentos chegaram na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), foi constatada a falsificação. A Prefeitura, então, denunciou o caso à Polícia Civil.
As investigações avançaram, sendo possível identificar Ramos de Faria e Silva Filho como autor do crime.
De acordo com o delegado, Ramos gastou algo em torno de R$ 200 a R$ 250 mil na compra de adesivos e manuais para falsificar os equipamentos.
Leia mais sobre o assunto:
Polícia: acusado usou laranja e gastou R$ 250 mil em adulteração
Quer receber notícias no seu celular? Participe do nosso grupo do WhatsApp clicando aqui .
Tem alguma denúncia para ser feita? Salve o número e entre em contato com o canal de denúncias do Midiajur pelo WhatsApp: (65) 993414107. A reportagem garante o sigilo da fonte.