DO TJ-MT
Em sessão especial realizada na manhã desta sexta-feira (27 de junho) o Pleno do Tribunal de Justiça de Mato Grosso titularizou 41 magistrados, que estavam cumprindo estágio probatório pelo período de dois anos.
Os juízes, que foram aprovados em concurso público realizado em 2012, foram vitaliciados no dia 18 de junho. A solenidade contou com a presença de familiares e amigos, que vieram prestigiar um dos momentos mais importantes da carreira da magistratura.
“Com a titularização temos a estabilidade, mais segurança e tranqüilidade, esse é o diferencial, pois vou continuar trabalhando com o mesmo compromisso de antes. O Tribunal sempre nos tratou com muito respeito, mesmo substitutos, não fomos removidos de forma aleatória. A presidência teve esse cuidado, esse é o diferencial do nosso Tribunal. Com certeza vou continuar trabalhando rumo a excelência”, destaca a juíza titular da Comarca de Paranaíta, Janaína Rebucci Dezanetti.
Quem também comemorou o recebimento da titularidade foi o juiz Renato Filho, da Comarca de Colniza. “Foram 24 meses de muito trabalho, não só meu, mas de todos os colegas. A expectativa é das melhores. A partir da titularização o magistrado se firma um pouco mais na comarca. Algumas comarcas distantes, no passado, ficavam muito tempo vagas e para população isso é ruim, porque eles não vêm o Poder Judiciário presente e diariamente na vida deles.”
Renato Filho, que foi orador da turma, lembrou durante seu discurso da juíza Glauciane Chaves de Melo, de Alto Taquari, que foi assassinada no dia 7 de junho de 2013, dentro do Fórum da Comarca. Ela fazia parte desta turma de magistrados. Durante a solenidade foi feito também um minuto de silêncio para homenagear Glauciane.
O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Orlando Perri, chamou a atenção dos magistrados que receberam a titularização sobre a importância de ter atitude na carreira profissional. Lembrando um ensinamento que recebeu ainda na infância, Perri disse que “decidir não é pular, pular requer atitude. Atitudes são desejos postos em ação. Para que crenças e expectativas se realizem, precisam vir acompanhadas de atitudes”.
Para ele, ficar no campo das intenções é deixar tudo como está. “Atitude é posicionar-se diante dos problemas e agir. Sabedores do que buscam, olhos fixos no horizonte, no dia de hoje 41 juízes mergulham de vez nas águas da magistratura”, destacou o presidente do TJ, pedindo que cada magistrado dedique-se o máximo possível a carreira.
Perri destacou ainda que para serem vitaliciados e receberem a titularidade os 41 magistrados foram, durante esses dois anos, constantemente avaliados. “Após dois anos os senhores acabam de ser revestidos da vitalicidade, por vitalício se entende tudo o que perdura por uma vida toda, vitalicidade não deve ser confundida com preguiça remunerada”, completando que o termômetro da liberdade de um povo reside no fortalecimento do Poder Judiciário.
O presidente aproveitou também para falar sobre a importância da retidão na carreira da magistratura. “Meu profundo sentimento de Justiça me manda que eu não me cale nesse momento. Os agentes do Poder Judiciário não são imunes pelos deslizes e eventuais abusos que vierem a perpetrar. Responsáveis perante a lei devem, de conformidade com ela, serem punidos quando se desviarem de suas funções. Se há um acervo que possuímos, de dignidade que devemos abrigar do ventre das tempestades, ele responde pelo nome de reputação, preservá-la é preservar o corpo do judiciário para onde respinga qualquer desvio de conduta, qualquer insensatez nossa”.
Perri fez questão de dizer que os magistrados jamais devem esquecer que cada processo transpira a história individual de alguém, sua vida, seus projetos. “A boa sentença não é aquela que soa bem, a sentença boa é aquela que faz Justiça”.
O presidente encerrou seu discurso dizendo que “no rol das virtudes exigidas do futuro juiz talvez a menos relevante, a meu ver, seja a bagagem cultural, mais que isso importa que aja uma boa bagagem de lastro moral, havendo isso o tempo haverá de aperfeiçoar o candidato a magistratura”.
O corregedor-geral da Justiça, desembargador Sebastião de Moraes Filho, também falou da importância da titularização dos 41 juízes. “É uma solenidade ímpar no Poder Judiciário, esses juízes sem dúvida alguma contribuirão sobremaneira com o engrandecimento do Poder Judiciário. Todos passaram pelo crivo da Corregedoria em todos os sentidos e pelo corregedor e foram aprovados. Rogo a Deus que esteja presente com eles em todos os momentos de sua vida com a finalidade de distribuir Justiça”.
Na solenidade todos os magistrados receberam das mãos dos desembargadores a Carteira de Juiz de Direito.
Receberam a titularização:
Alcindo Peres Da Rosa
Alexandre Meinberg Ceroy
Alexandre Paulichi Chiovitti
Alexandre Sócrates Da Silva Mendes
Arom Olímpio Pereira
Augusta Prutchansky Martins Gomes
Cássio Leite De Barros Netto
Cláudia Anffe Nunes Da Cunha
Cláudio Deodato Rodrigues Pereira
Cristhiane Trombini Puia Baggio
Darwin De Souza Pontes
Edna Ederli Coutinho
Ednei Ferreira Dos Santos
Evandro Juarez Rodrigues
Fabrício Sávio Da Veiga Carlota
Giselda Regina Sobreira De Oliveira Andrade
Henriqueta Fernanda Chaves Alencar F. Lima
Ivan Lúcio Amarante
Janaína Rebucci Dezanetti
Jean Garcia De Freitas Bezerra
João Filho De Almeida Portela
Laura Dorilêo Cândido Leonardo De Araujo Costa Tumiati
Leonísio Salles De Abreu Júnior
Luciana De Souza Cavar Moretti
Luciene Kelly Marciano
Luis Felipe Lara De Souza
Marcelo Sousa Melo Bento De Resende
Márcio Rogério Martins
Maria Lúcia Prati
Myrian Pavan
Pedro Davi Benetti
Pedro Flory Diniz Nogueira
Pierro De Faria Mendes
Ramon Fagundes Botelho
Raul Lara Leite
Renato José De Almeida Costa Filho
Sílvio Mendonça Ribeiro Filho
Thatiana Dos Santos
Vagner Dupim Dias
Valter Fabrício Simioni Da Silva
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