JAD LARANJEIRA
DA REDAÇÃO
O vereador Marcrean dos Santos (PRTB) aceitou proposta de transação penal oferecida pelo Ministério Público Estadual (MPE) pela acusação de agredir o presidente da Associação de Moradores do Bairro Renascer, José Carlos da Silva, em agosto de 2015.
O acordo foi homologado pela juíza Lúcia Peruffo, do Juizado Criminal Especial Unificado de Cuiabá, no dia 17 de julho. O parlamentar concordou em pagar dois salários mínimos (R$ 1.760), divididos em cinco parcelas iguais, no valor de R$ 352.
Os valores deverão ser pagos a cada 30 dias à Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá. O comprovante da primeira parcela já foi apresentado pelo vereador ao juizado, no dia 23 de agosto.
Após a comprovação da quitação de todo o débito, o vereador deverá ter a ação arquivada. O assessor de Macrean, Elton Araújo, que também estava no dia da agressão, não aceitou a decisão e, em relação a ele, o processo continuará a tramitar.
O caso
Em um Boletim de Ocorrência, registrado na Polícia Civil, o presidente de bairro Renascer, José Carlos da Silval, relatou que a confusão começou quando servidores da Prefeitura, que estavam realizando a limpeza do bairro, jogavam aterro em uma margem do Córrego do Barbado, do lado do bairro Pedregal, onde existe uma erosão.
Nesse momento, segundo Silva, o vereador Marcrean Santos e o assessor dele, Elton Araújo, apareceram no local e começaram a tirar fotos.
“O maquinista me ligou e disse que tinha algo de errado porque o vereador e o Elton estavam tirando fotos e falando que eu que tinha mandado jogar entulho no córrego”, contou. Após isso, conforme o presidente, ele foi até o local e questionou o vereador se tinha algo errado.
“Ele começou e a me acusar e eu explique para ele que, no local onde estavam jogando o aterro, tem uma erosão causada pelas chuvas e que o aterro iria somente tapar o buraco. Disse também que aquilo não tinha nada a ver comigo e sim com a Prefeitura”, afirmou.
Segundo o presidente da associação, o clima ficou tenso quando ele questionou sobre um terreno de propriedade do vereador.
"Ele construiu parte do muro dele sobre o terreno de outro vizinho, o seu Jair. Então, eu disse que seria melhor ele resolver isso do que ficar discutindo. Foi quando ele partiu pra cima de mim e me deu um soco no olho esquerdo. Daí, o Elton me empurrou e começou a me agredir e quando ele estava me agredindo o vereador veio e me deu outro soco que pegou na minha orelha”, afirmou.
Conforme Silva, após as agressões, o vereador e o funcionário Elton fugiram do local por conta de algumas pessoas que se aproximaram para verem a confusão.
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