DOUGLAS TRIELLI
DA REDAÇÃO
Coordenador jurídico da campanha à reeleição do prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), o advogado José Rosa anunciou que irá monitorar cada passo dos adversários do atual gestor na campanha eleitoral.
Um levantamento deve ser feito de todo o processo, da pré-campanha ao registro de candidatura, visando possíveis ações, entre elas a Impugnação de Registro de Candidatura (AIRC).
“Os adversários têm sido acompanhados já e vão continuar sendo acompanhados. Já temos algumas coisas levantadas, mas estamos esperando mais consistência para fazer uma ação com mais eficiência no resultado”, disse ao MidiaNews.
“Então, tomaremos todos os cuidados necessários na parte jurídica da campanha. O que os adversários fizerem de errado, vamos estar atentos para poder tomar as providências”, afirmou.
Outra atenção da campanha será com relação às chamadas “mídias apócrifas”, em que não há a identificação de quem seja o mandante ou responsável pela divulgação de determinada mensagem.
Na última semana, Mendes foi alvo de outdoors espalhados pela cidade. No painel de mídia, há a mensagem “Mãos ao alto, isso é um assalto! Pelo fim da indústria da multa”. (Veja ao lado).
José Rosa afirmou que está atrás do autor das peças e pode acioná-lo judicialmente.
“Estamos buscando a localização de quem o colocou na rua, porque essas placas de outdoor têm dono e estamos atrás deles para requisitar a documentação e saber quem contratou. Desta forma, vamos tomar as providências. Se a empresa não informar, vamos buscar isso judicialmente”, disse.
Para o advogado, a medida é uma “perda de dinheiro” e nunca levou candidato algum à vitória.
“Mas isso ocorre em toda eleição. E acho que não será diferente agora. Antigamente eram panfletos apócrifos, hoje é mídia apócrifa. Essa mídia contra o Mauro é apócrifa, contra o Emanuel Pinheiro também é uma mídia apócrifa. Isso não leva a nada, não leva ninguém a lugar nenhum. Querem desconstruir a imagem do outro candidato, mas a partir do momento que você não assina, também não capta nada”, afirmou.
“Então, acho que isso é um desserviço. Ninguém se lembra de votar em alguém porque viu uma charge ou um outdoor contra outro candidato. É uma perda de tempo e dinheiro. E estou aplaudindo a atuação do juiz Yale [Mendes], que já no primeiro caso encaminhou ao Ministério Público pedido de investigação”, disse se referindo ao juiz eleitoral da 51ª Zona Eleitoral de Cuiabá, que pediu investigação sobre a autoria de uma charge ofensiva ao pré-candidato a prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB).
Mudança eleitoral
Por fim, o advogado criticou algumas mudanças eleitorais impostas por meio da reforma política de 2015 e pelo próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para ele, algumas medidas dificultaram o processo eleitoral, como o teto de gastos e o financiamento de campanha.
“A nova legislação dificultou para todo mundo. Dificultou para todos os candidatos, seja prefeito ou vereador. E acho que ela não subsiste a essa eleição, na próxima eleição deve ser alterada. Alguns pontos devem ser alterados, porque ela ficou muito ruim como um todo”, afirmou.
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