CAMILA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
O ex-ministro da Agricultura, Neri Geller (PP) - preso na última semana sob suspeita de participação em um esquema de proteção aos interesses do grupo JBS, no Governo Federal, em troca de propina - é o deputado federal eleito por Mato Grosso que mais teve gastos na campanha eleitoral deste ano.
À Justiça Eleitoral, o político declarou ter contratado despesas que somam pouco mais de R$ 2,4 milhões. Ao fnal da disputa, Geller foi o quarto deputado federal mais votado.
Entre as despesas relacionadas por ele, a maior parte refere-se à publicidade por materiais impressos, com as quais foram gastos mais de R$ 735 mil.
Consta também, na prestação de contas, R$ 324 mil em despesas com pessoal; R$ 250 mil em serviços prestados por terceiros; R$ 290 mil com atividades de militância; entre outras.
Geller também disse que recebeu em doações, o mesmo montante gasto na disputa: R$ 2.441.815,41.
Alair Ribeiro/MidiaNews
O deputado federal eleito, Nelson Barbudo: campanha mais barata
Mais votos, menos gastos
Mais votado em Mato Grosso, sendo escolhido por 126.249 eleitores, Nelson Barbudo (PSL) foi o candidato que teve a campanha mais modesta.
Assim como Geller, Barbudo disse ter gasto o mesmo valor que recebeu em doações: pouco mais de R$ 331 mil.
Entre os gastos declarados por ele estão, por exemplo, R$ 59 mil com publicidade por materiais impressos.
Ele listou ainda, despesas com publicidade por adesivos (R$ 27,8 mil); despesas com pessoal (R$ 15,2 mil); correspondências e despesas postais (R$ 7,2 mil), entre outras.
No "vermelho"
Detentor da última vaga à Câmara, o ex-prefeito de Sinop, Juarez Costa (MDB), declarou à Justiça Eleitoral ter mais gastos do que doações durante a campanha eleitoral.
Segundo o político, ele recebeu R$ 401,2 mil, mas contraiu despesas que, juntas, somam R$ 439,3 mil.
O mesmo ocorreu com Carlos Bezerra (MDB), que recebeu pouco mais de R$ 1,8 milhão em doações e contraiu mais de R$ 1,9 milhão em despesas.
Disputando a eleição pela primeira vez, Emanuel Pinheiro Primo, o Emanuelzinho (PTB), também finalizou a disputa com mais gastos do que ganhos.
Ele recebeu cerca de R$ 1,6 milhão em doações e contratou R$ 1,8 milhão em despesas.
Veja a relação de gastos e doações dos eleitos:
Nelson Barbudo (PSL):
Receitas - R$ 331.815,00
Despesas - R$ 331.815,00
José Medeiros (Podemos):
Receitas - R$ 1.565.722,50
Despesas - R$ 1.565.722,50
Emanuelzinho (PTB)
Receitas - R$ 1.671.800,00
Despesas - R$ 1.845.266,52
Neri Geller (PP)
Receitas - R$ 2.441.815,41
Despesas - R$ 2.441.815,41
Carlos Bezerra (MDB)
Receitas - R$ 1.883.972,35
Despesas - R$ 1.974.427,05
Dr. Leonardo (SD)
Receitas - R$ 1.119.617,39
Despesas - R$ 1.119.617,39
Rosa Neide (PT)
Receitas - R$ 849.716,97
Despesas - R$ 849.704,52
Juarez Costa (MDB)
Receitas - R$ 401.288,00
Despesas - R$ 439.351,77
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