RAFAEL COSTA
FOLHAMAX
A assessoria jurídica do jornal Diário de Cuiabá ingressou com pedido de suspeição contra a juíza eleitoral Ana Cristina Silva Mendes.
O pedido protocolado no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) pelo advogado Felipe de Oliveira, busca impedir a magistrada de julgar o processo referente à proibição de divulgação da pesquisa do Instituto Vox Populi, divulgada pelo jornal com indícios de fraude.
O levantamento indicou a liderança do senador Pedro Taques (PDT) .
O argumento no pedido de suspeição são as declarações da magistrada dada em uma entrevista ao site Repórter MT e reproduzida pelo site MidiaNews que rebateu a acusação de que foi induzida ao erro ao conceder a liminar, conforme uma declaração pública de um dos proprietários do jornal Diário de Cuiabá, o jornalista Gustavo de Oliveira.
"Não tenho dúvida de que, quando ouvir a explicação dos advogados da Vox Populi,vai voltar atrás desta decisão", disse Oliveira.
Ao Repórter MT, a magistrada sugeriu que o jornalista "não sabe do que fala".
"Os nossos parâmetros não são as alegações de advogados. Os nossos parâmetros são as exigências legais. E essa pesquisa do Vox Populi não obedeceu algumas exigências da lei. Então, eu acredito que quem fez esse pronunciamento é que deve estar bastante equivocado, e não deve realmente estar sabendo do que fala. A nós, magistrados, a analise é feita com base na exigência legal. E eu bem pontuei, nas duas liminares, quais as exigências legais não foram cumpridas. Isso basta”, declarou.
“Se as publicações retratam fielmente a declaração de Vossa Excelência a respeito da pesquisa Vox Populi, publicada no Diário de Cuiabá, é de se concluir que Vossa Excelência já prejulgou o caso, mesmo sem analisar os argumentos de defesa. O juiz que demonstrou certeza prévia quanto ao objeto do processo está psicologicamente condicionado a não apreciar bem as teses opostas e a ratificar seus pré-conceitos”, diz trecho.
O pedido de suspeição será julgado pelo pleno do Tribunal Regional Eleitoral, composto por 7 julgados. O presidente, no entanto, só vota em plenário se prevalecer empate, o chamado “voto de minerva”.
Diferente do Instituto Vox Populi, o jornal Diário de Cuiabá não recorreu da liminar que suspendeu a divulgação da pesquisa. Preferiu apenas apresentar defesa.
A liminar que suspendeu a divulgação da pesquisa foi protocolada pelas assessorias jurídicas dos candidatos Lúdio Cabral (PT) e José Riva (PSD). Ambos sustentaram manipulação de dados como a coleta de 40% dos votos em Cuiabá e falta de divulgação da margem de erro.
Quer receber notícias no seu celular? Participe do nosso grupo do WhatsApp clicando aqui .
Tem alguma denúncia para ser feita? Salve o número e entre em contato com o canal de denúncias do Midiajur pelo WhatsApp: (65) 993414107. A reportagem garante o sigilo da fonte.