HELSON FRANÇA
DA REDAÇÃO
A assessoria jurídica da coligação União Democrática Social, liderada por Lucimar Campos (DEM) e derrotada por Wallace Guimarães (PMDB) na disputa para o cargo de prefeito de Várzea Grande, entrou com representações na Justiça Eleitoral e no Ministério Público Eleitoral, solicitando a anulação da eleição na cidade, devido a fraudes que teriam ocorrido no pleito.
O grupo ainda pede a suspensão liminar da diplomação dos candidatos eleitos e a investigação das denúncias.
Nos autos, a coligação anexou documentos, como boletins de ocorrência e cópias das atas das seções onde foram constatadas irregularidades, como o fato de pessoas terem votado no lugar de outras. O advogado Antônio Carlos Roque, inclusive, insinuou que mesários agiram de forma criminosa.
“Constam nas atas, que houve casos onde pessoas votaram sem título de eleitor, que saíram sem pegar o comprovante, que não assinaram o livro. Boa parte dos mesários aceitou tudo isso”, disse.
Roque, responsável pelas denúncias que contribuíram para o afastamento dos dois últimos prefeitos de Várzea Grande, Murilo Domingos (PR) e Tião da Zaeli (PSD), enfatizou, porém, “que não está querendo cassar ninguém”.
“Não posso ser omisso. Exigimos as providências mediante as várias constatações de fraudes. O que queremos é uma investigação rigorosa. Se, depois disso a eleição for invalidada, é outra história”, afirmou.
Lucimar obteve 44.286 votos e acabou superada por Wallace, que teve 47.338 votos.
Documentos encontrados
No mês passado, dois lotes com vários documentos, como títulos de eleitor e registro geral de identidade, possivelmente falsificados ou roubados, foram encontrados no município.
Foram encontrados 92 RG's e 27 títulos de eleitores, aparentando serem falsos, jogados às margens de um córrego, na Capela do Piçarrão, na zona rural do município.
A Polícia Federal, sob o comando do delegado Cristiano Nascimento, investiga o caso.
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