ÉRIKA OLIVEIRA
DA REDAÇÃO

O procurador-geral de Justiça, Paulo Prado, reuniu-se com alguns dos promotores eleitorais que irão atuar nas eleições deste ano, no intuito de mobilizar a sociedade mato-grossense contra o caixa 2 e a compra de votos.  

Em entrevista coletiva, Prado ressaltou a importância das denúncias que são feitas pelos próprios eleitores, através dos mecanismos utilizados pelas Promotorias Eleitorais e pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT).

Conforme explicou o procurador, a população pode reportar possíveis irregularidades à Ouvidoria do Ministério Público – pelo número 127-, ligando diretamente na Promotoria de Justiça ou através do aplicativo Pardal, do TRE.  

“Nós queremos dizer ao eleitor que este é o momento de mudar a história política do seu Município. E que nós, do Ministério Público, estamos aqui para garantir que este processo eleitoral seja transparente e limpo”, disse.

Em todo o Estado, foram designados 61 promotores eleitorais. Na Capital, os promotores Vinícius Gahyva, Januária Dorileo Bulhões, Mauro Zaque, Gerson Natalício Barbosa e Gilberto Gomes irão atuar no processo.

Também presentes na coletiva estavam o promotor Natanael Moltocaro Fiúza, que cuidará do pleito em Santo Antônio de Leverger e Barão de Melgaço, e a promotora Márcia Borges Furlan, que irá trabalhar em Acorizal.

Para o promotor Vinícius Gahyva, o objetivo das promotorias é garantir que candidatos que utilizam “mecanismos arcaicos para captação de votos” tenham o registro de candidatura cassado e não consigam assumir mandado.

“O candidato que pede o seu voto em troca de favor, serviço, ou dinheiro, está incorrendo na prática de crime e isso culminará na cassação de sua candidatura. Não queremos que estes candidatos ganhem eleição. Mas, se por ventura eles consigam se eleger, iremos garantir que não exerçam o mandato”, declarou.

Os promotores destacaram a tranquilidade do processo eleitoral deste ano.

Segundo eles, até o momento, o registro de ocorrências está dentro do esperado e não houve, ainda, nenhuma denúncia grave sobre irregularidades de campanha.

No entendimento de Paulo Prado, isso se deve às mudanças provocadas pela Reforma Eleitoral, entre elas a diminuição de 90 para 45 dias do tempo de campanha.

Além disso, para a promotora Januária Dorileo, a participação da sociedade, através dos mecanismos de denúncia, aproximou o cidadão da Justiça Eleitoral, destacando a eficiência do aplicativo Pardal.

“O Pardal tem trazido ao nosso conhecimento inúmeras situações relativas à propaganda irregular. O sistema aproximou o cidadão da Justiça Eleitoral. Agora, as denúncias chegam muito rápido às Promotorias”.

Guia Eleitoral

Durante a coletiva também foi apresentado o “Guia aos Eleitores”, que ficará disponível no site do Ministério Público Estadual, com informações e respostas sobre as eleições municipais de 2016.

“O guia que nós estamos apresentando foi criado pelo Ministério Público do Pará, que buscou, através de uma pesquisa, responder as 64 perguntas mais frequentes dos eleitores. Nós fizemos algumas adaptações e agora estamos disponibilizando para o eleitor de Mato Grosso”, esclareceu Paulo Prado.

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