MARCIO CAMILO
DA REDAÇÃO
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) implantará em Rondonópolis 32 pontos de cadastro biométrico. A medida visa aumentar a participação dos eleitores que até agora demonstraram pouco interesse em fazer o recadastramento.
Segundo o presidente do (TRE-MT), desembargador Juvenal Pereira da Silva, a principal estratégia será a implantação de um ponto de cadastro biométrico na Secretária de Habitação de Rondonópolis.
“Nesse local, há uma convergência muito grande em razão do programa Minha Casa, Minha Vida. Então nós vamos aproveitar esse fluxo de pessoas que procuram habitação para também fazer o cadastro biométrico”, explicou o presidente do TRE-MT.
Pereira ressaltou também que haverá mutirões de atendimento nos bairros do município com o intuito de acelerar o recadastramento eleitoral, por meio da biometria.
Rondonópolis é um dos municípios mais atrasados no cadastramento biométrico. O próprio presidente do TRE-MT reconhece que a situação é crítica.
“Como é cultura do brasileiro deixar tudo para última hora, acredito que haverá uma grande procura de eleitores no final do prazo para fazer o recadastramento. Nisso, muitas pessoas terão os títulos cancelados”, lamentou o presidente.
Em Rondonópolis, dos 139.260 mil eleitores cadastrados, apenas 12.024 mil fizeram o recadastro de seus titulo por meio da biometria. Os dados são referentes ao último levantamento do TRE feito em 27 de maio.
O prazo para o recadastro na região encerra em fevereiro do ano que vem. Se a procura continuar nesse ritmo, o TRE-MT acredita que apenas 49,59% dos eleitores rondonopolitanos serão recadastrados biometricamente até a data limite.
Implicações
O presidente do TRE-MT, Juvenal Pereira, explicou que o não recadastramento pode resultar em sérias implicações jurídicas ao eleitor.
“O não cadastramento biométrico resulta na anulação do título. Sendo assim, a pessoa fica impedida de participar de concursos públicos, de tirar passaporte e fazer financiamento para casa própria”, detalhou o desembargador.
Biometria
O cadastramento biométrico é um aprimoramento no sentido de diminuir as fraudes eleitorais, principalmente àquela que uma pessoa vota no lugar da outra. Com a nova tecnologia fica praticamente impossível que isso aconteça.
Isso por que, ao fazer a biometria, o TRE conterá informações mais detalhadas dos eleitores, como a foto e as impressões digitais dos dez dedos.
Com a nova tecnologia, o voto, assim como o reconhecimento do eleitor, é feito a partir da impressão digital. Sendo assim, quem tentar votar no lugar de outra pessoa não terá a sua digital reconhecida, o que impedirá esse tipo de fraude.
Outra medida de segurança da biometria é a foto de cada eleitor nos cadernos de votação que ficam sob o controle dos mesários nas zonas eleitorais.
Kit Biométrico
Cada Kit contém um aparelho de impressão digital; uma maquina fotográfica; um aparelho para a assinatura digital (PED); e uma impressora especifica que imprime o título eleitoral de maneira instantânea: “a pessoa já sai com o seu título na mão na mesma hora”, destacou o presidente do TRE-MT, Juvenal Pereira.
Para fazer o recadastro, o TRE-MT conta com 108 Kits biométricos para atender os 141 municípios de Mato Grosso. A quantidade é pouca na visão de Pereira. “Quando chegar a vez de Cuiabá teremos que usar todos os kits. É por isso que o cadastramento é feito de maneira programada, de município a município”, relatou o desembargador.
Ele entende que a baixa quantidade de kits está relacionada ao custo alto dos materiais. “Cada kit custa R$ 8 mil reais. É um valor muito alto para ser bancado pela Justiça Eleitoral brasileira. Imagine esse tipo de cadastramento sendo feito em São Paulo, que possui o maior colégio eleitoral do Brasil”, comentou o presidente do TRE-MT.
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