LETICIA PEREIRA
Da Redação
O período proibitivo de uso do fogo no Pantanal mato-grossense foi antecipado para começar nesta segunda-feira (17). A medida tem como objetivo prevenir os incêndios florestais por conta da forte estiagem prevista para o bioma neste ano.
A antecipação foi anunciada pela secretária de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT), Mauren Lazzaretti, nesta segunda-feira. Antes, o período proibitivo estava marcado para começar a partir de 1 de julho, em todo o território mato-grossense.
O bioma já vem sofrendo com focos de incêndio há algumas semanas. Em Mato Grosso do Sul, os bombeiros vêm trabalhando no combate ao fogo há 77 dias, segundo a CNN Brasil.
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O risco é de que as chamas se propaguem e atinjam o Pantanal mato-grossense, mas, de acordo com Mauren Lazzaretti, a secretaria tem se preparado para lidar com as adversidades climáticas em MT.
“Nós estamos acompanhando desde o início do ano todos os eventos relacionados à seca, ao calor e aos eventos climáticos que apresentam um cenário bastante complexo para o ano de 2024, com uma prospecção de que nós tenhamos eventos de incêndios florestais difíceis de serem controlados”, afirmou.
Mauren citou que dois eventos de incêndio já acometem o Pantanal. Segundo dados do programa BDQ Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), 17 focos de incêndio foram registrados nas últimas 24 horas e que estão agrupados em duas manchas nos municípios de Poconé, Cáceres e Barão de Melgaço - todos do Pantanal mato-grossense.
"As equipes estão atuando [no combate a esses incêndios], e o início da operação, que estava prevista primeiro de julho, tem o objetivo de evitar que qualquer inicio de um evento com o uso do fogo se transforme em incêndio de grandes proporções. Por isso, nós vamos ocupar o território e colocar todas as estruturas do Governo", disse.
A secretária da Sema também disse que, este ano, o Governo está mais preparado para conter a situação e evitar que não se repitam os prejuízos causados pelas chamas em 2020.
“Essas reações foram comprometidas no ano de 2020 porque nós estávamos em meio a uma pandemia, os equipamentos não eram entregues, mesmo que nós tivéssemos o recurso, nós não conseguíamos receber EPIs. Os equipamentos de combate, as aeronaves e a estrutura para o ano de 2024 é absolutamente diferente, tanto no que diz respeito aos nossos insumos para resposta quanto às ações preventivas que foram e estão sendo realizadas”, defendeu.
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