DA REDAÇÃO
O Superior Tribunal de Justiça determinou a soltura do ex-ministro da Agricultura e deputado federal eleito, Neri Geller (PP), que estava preso desde a sexta-feira (9).
Ele é acusado de participar de um esquema criminoso de proteção aos interesses do grupo JBS, no Governo Federal, em troca de propina.
A decisão, deste domingo (11), é do ministro Nefi Cordeiro, que acatou os argumentos da defesa de Geller e concedeu o habeas corpus.
“Concedida a medida liminar de Neri Geller para a soltura do paciente”, consta no sistema de acompanhamento processual. A íntegra da decisão não foi disponibilizada.
O habeas corpus havia sido impetrado pelo advogado Ricardo Monteiro no sábado (10).
Ele conversou com a reportagem neste domingo. Segundo o advogado, até o final da tarde ainda não havia a informação sobre quando a liminar será cumprida.
O advogado Ricardo Monteiro, que entrou com pedido de habeas corpus
Neri Geller é um dos alvos da Operação Capitu, da Polícia Federal.
Além dele, foram presos o advogado cuiabano Rodrigo Figueiredo, ex-secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, além do empresário Joesley Batista, do Grupo JBS.
Ao todo, a desembargadora Monica Sinfuentes, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, decretou a prisão de 19 pessoas.
A Operação Capitu foi desencadeada porque a Polícia Federal detectou omissões e contradições em depoimentos de executivos do Grupo JBS, que firmaram acordo de colaboração premiada.
Geller e Figueiredo foram acusados de receber R$ 450 mil de propina da JBS na época em que estavam no Ministério, em troca de atos de ofício que beneficiassem a JBS.
O dinheiro teria sido dado em troca da elaboração de atos de ofício que proporcionariam ao grupo empresarial a eliminação da concorrência e a formação de monopólio no mercado de proteína animal.
A informação consta no pedido de prisão feito pela Polícia Federal ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).
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