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OPINIÃO Quinta-feira, 17 de Novembro de 2022, 15:44 - A | A

17 de Novembro de 2022, 15h:44 - A | A

OPINIÃO / ATHENA CAMPOS

Empreendedorismo na Advocacia: o caminho para o sucesso



Segundo o CNJ (Conselho Nacional de Justiça), o Brasil é o país com mais faculdades de Direito no mundo. Mesmo com tantos estudantes universitários e advogados recém-formados, poucos se destacam no mercado de trabalho.

Por que será que isso ocorre? As universidades estão realmente ensinando o que é preciso para preparar os estudantes para exercerem a profissão? A realidade é que os bacharéis recém-formados são profissionais com muito conhecimento técnico e pouca prática.

Dessa forma, muitos acabam desistindo da advocacia e trilhando outros caminhos quando se deparam com dificuldades para construir uma carreira de sucesso no meio jurídico. É por isso que eu gostaria de convidá-los para uma jornada pela advocacia empreendedora, tema que abordarei ao longo das próximas semanas.

Compartilharei a minha experiência e valiosas lições que vão além do ensino tradicional e são essenciais para quem deseja encarar a advocacia com uma visão empreendedora com o intuito de ter uma trajetória sólida e de destaque. Tudo o que irei compartilhar é fruto de mais de 10 anos de atuação como advogada contratada e também em escritório próprio e como Coordenadora Estratégica do maior escritório de advocacia da América Latina, o Nelson Willians Advogados Associados. Confira!

O advogado empreendedor: quebrando crenças limitantes

Existem muitas crenças limitantes na advocacia que prejudicam o crescimento e o desenvolvimento do jovem advogado e, por que não dizer, até mesmo dos seniores. Crenças como “advogado não é vendedor”, “advogados não podem ser empreendedores” e “advocacia não é um negócio” representam bem algumas delas.

Infelizmente, o ensino que recebemos transmite a ideia de que devemos nos formar e adquirir a prática jurídica trabalhando como contratados juniores em outros escritórios, com uma carga horária sobrecarregada e ganhando pouco, tudo em nome da supervalorizada experiência. No entanto, a realidade é que empreender na advocacia desde o início não somente é possível, mas necessário. Até porque, estamos falando de um mercado extremamente concorrido.

E, me arrisco a dizer, que ser um advogado empreendedor é, atualmente, um dos únicos caminhos com probabilidades de êxito nessa área. Nesse sentido, vale destacar que, assim como em todo empreendimento, é preciso estudar e praticar os métodos corretos para alcançar os resultados esperados.

A urgente necessidade de desenvolver uma nova mentalidade

Obviamente, eu já fui uma jovem advogada. Formei-me aos 21 anos, sendo que já trabalhava desde o sétimo semestre. Passei por grandes escritórios de advocacia, incluindo o que atendia a concessionária de energia da minha cidade à época, onde recebíamos semanalmente, em média, 30 novos processos por advogado. Uma demanda de trabalho altíssima que certamente resultou em uma enorme experiência prática, certo? Errado.

A verdade é que ficamos extremamente sobrecarregados e engessados em um nicho muito específico de atuação, o que fatalmente resulta em pouco ou quase nenhum desenvolvimento. Porém, como muitos anos se passaram, o mercado mudou bastante. A tecnologia avançou absurdamente e surgiram as redes sociais, os softwares jurídicos e tantas outras ferramentas de grande valor para a advocacia.

Considerando isso, recentemente, com o intuito de ver o que o mercado tem ensinado hoje em dia, resolvi adquirir alguns cursos – ofertados por profissionais que eu sigo e admiro por terem “chegado lá” – de práticas jurídicas voltadas para o jovem advogado. Fiquei muito surpresa ao perceber que a metodologia permanece quase a mesma: vá para um grande escritório e trabalhe duro por anos para adquirir experiência, enquanto isso, vá fazendo o trabalho de formiguinha para conquistar a sua própria carteira de clientes, para, quando alcançar certa estabilidade financeira, finalmente se aventurar com o seu próprio escritório.

Desanimador. É preciso avançar e mudar essa mentalidade com urgência. Veja, eu não sou contra a ideia de adquirir experiência como advogado técnico contratado, ela é sim muito válida.

O grande problema de se passar anos fazendo isso é que você não desenvolve a sua capacidade de negociação, técnicas de prospecção, relacionamento com o cliente, gestão de tempo, gestão financeira, mentalidade empreendedora e tantos outros fatores que são primordiais quando falamos em gerir seu próprio escritório. 

Fico muito admirada em ver profissionais que vivenciaram essas dificuldades e, ao invés de ensinarem outros caminhos para estimular o jovem profissional, pregam esse conceito ultrapassado de que é necessário comer o pão que o diabo amassou no início da carreira para, depois de muito tempo, alcançar o sucesso. Nesse sentido, trago duas frases do filme Invictus (2009), que carrego no meu bloco de notas.

A primeira é do Matt Damon ao retratar o icônico François Pienaar: “Os tempos mudaram. Nós precisamos mudar também”. E a segunda, do Morgan Freeman, que interpretou o Nelson Mandela: “Se não posso mudar quando as circunstâncias assim o exigem, como posso esperar que os outros façam isso?”.

Quais são as Hard Skills e Soft Skills do advogado empreendedor?

Todos os profissionais devem investir no processo de autoconhecimento para saber “se vender” da melhor maneira. Obviamente, isso também se aplica aos advogados empreendedores. Dessa forma, reconhecer suas próprias habilidades e aprimorá-las é fundamental. Hard Skills As habilidades técnicas e jurídicas são exploradas com mais profundidade durante o curso superior. Porém, outras áreas do conhecimento também são indispensáveis para ganhar espaço na advocacia. Alguns bons exemplos são:

·       Marketing jurídico: criar uma presença na internet se tornou crucial na era em que vivemos. Portanto, vale a pena conhecer as melhores estratégias para divulgar seus serviços conforme as normas técnicas da profissão.

Nesse sentido, explorar canais como as redes sociais e estratégias como o tráfego pago e o SEO (Search Engine Optimization) pode ser uma excelente maneira de se destacar no mercado;

·       Gestão de negócios: administrar um escritório de advocacia pode ser um verdadeiro desafio, no entanto, ao dominar a arte dos negócios, essa tarefa fica bem mais simples; e
·       Dados e tecnologia: saber monitorar seus resultados é um dos principais meios de continuar superando suas próprias metas.

E a tecnologia, por meio da análise de dados, ajuda (e muito) nesses momentos. Soft Skills De nada adianta absorver todas as técnicas do direito e até mesmo do empreendedorismo sem saber lidar adequadamente com o ser humano. Por isso, algumas habilidades comportamentais são indispensáveis para um advogado de alta performance:

·       Comunicação eficaz e assertiva: saber transformar termos complexos em soluções fáceis de compreender ao repassá-las para os clientes; ·       Inteligência emocional: ter autocontrole diante de sentimentos e emoções distintas; e
·       Resiliência: conseguir superar os desafios diários da profissão e usar isso como forma de amadurecimento.

O que aprendi empreendendo na advocacia?

Com anos de atuação, aprendi lições valiosas que me ajudaram a ser uma profissional consolidada. Dentre elas estão:
1.     Amplie suas oportunidades de negócios: todos os horizontes de atuação devem ser explorados. Ou seja, serviços jurídicos podem ser prestados com excelência em diversos setores – desde que sigam as regras vigentes da OAB;
2.     Vá além do que é proposto: inove, estude e pratique com persistência de modo a desenvolver diferenciais capazes de chamar a atenção dos clientes;
3.     Cuide da vida pessoal (saúde, relacionamentos e rotinas) para ter uma vida profissional de alta performance e realizada;
4.     Resista diante dos problemas – isso é fundamental no empreendedorismo;
5.     Saiba desenvolver novas estratégias sempre que for preciso; e
6.     Batalhe para transformar seus sonhos (e suas conquistas) em exemplos a serem seguidos. Finalizo com a frase do advogado que construiu uma das histórias mais inspiradoras de empreendedorismo na advocacia:

"Empreender é colocar em prática e fazer dar certo o que era somente uma ideia, por mais difícil ou louca que possa parecer."  Nelson Wilians

Athena Campos Duarte Advogada e coordenadora estratégico NW Group   
Instagram: @athenacampos Contato: [email protected]

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