RENATO GOMES NERY
Após as eleições, vem a ressaca do ganhador e a do perdedor. E agora mais 04 anos de um partido que já está completando 12 no Poder. Como será? O Partido se tornou invencível? Pelo voto somente o PRI, no México, governou durante 71 anos, com métodos não muito ortodoxos e, após 12 anos fora do poder, retorna a ele. Haja fôlego! Não cremos que a longevidade partidária do México tenha o mesmo ânimo aqui.
O mesmo populismo denominado de “bolivarianismo” do Brasil é o da Venezuela, da Argentina, da Bolívia tem inspiração no regime autoritário cubano. Na Venezuela o Governo está colocando a polícia para conter as compras em lojas e supermercados. O Maduro – que fala com seu antecessor morto - ganhou as eleições passadas por um mínimo de votos está caindo de maduro. Na Argentina o peronismo com novas roupagens populistas está desabando aos pedaços.
Na Bolívia - que não tem peso na região - parece que o Evo ainda terá uma sobrevida. Os longevos irmãos Castro, em Cuba, dificilmente sobreviverão (vida biológica) por muito tempo. No Brasil, a margem apertada de votos do partido vencedor, nas últimas eleições e a perda de votos consecutivos desde a primeira eleição, indica que terá pouco combustível para queimar até a próxima. Tudo isto é prenúncio de que os seguidores do transvertido Bolivar estão com os dias contados no reino encantado da América do Sul e adjacências.
Por outro lado, no Brasil todo partido que tem sobrevida nos “grotões” está com os dias contados. Foi assim com a ARENA, com o PFL e com o DEM que ora agoniza a olhos vistos. E não deve ser diferente com o partido ganhador das últimas eleições. A classe média se fortaleceu e está atenta aos acontecimentos, denotando que o brasileiro é tolerante com a intolerância, mas aquela já chegou ao limite. Foi difícil se convencer do óbvio, mas o evidente se tornou irreversível. E os ganhadores estão apreensivos com o espólio das eleições que deixou a classe média praticamente toda na oposição, o que remete ao passado onde ela sempre teve um papel crucial na história do Brasil.
E agora José? A depender dos fatores da análise acima, não há dúvida de que mudanças estão a caminho. Como o futuro a Deus pertence. Aguardemos.
Renato Gomes Nery é advogado em Cuiabá – E-mail [email protected]
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