DA REDAÇÃO
Um advogado e cinco servidores do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) são suspeitos de lucrar R$ 65 milhões, em um suposto esquema de crimes ambientais, em Mato Grosso e no Distrito Federal.
Eles foram conduzidos coercitivamente, durante a Operação Provérbios 17:23, deflagrada na manhã desta quinta-feira (17), pela Polícia Federal.
A ação policial visa a desbaratar uma quadrilha que burlava as leis ambientais, para permitir sucessivas e reiteradas agressões ao meio ambiente.
A PF não informou as identidades dos suspeitos. Eles irão depor e, logo em seguida, devem ser liberados.
Além das conduções coercitivas, a PF cumpriu oito mandados de busca e apreensão.
Os mandados foram cumpridos em Cuiabá, Barra do Garças (508 km a Leste da Capital) e em Brasília (DF).
Dados falsos
Conforme a Polícia Federal, o grupo criminoso vinha praticando desembargos irregulares e sem fundamento de áreas embargadas, o cancelamento de autuações e até a assinatura de termos de ajustamento de conduta,sem a devida justificativa técnica e ambiental.
O suposto esquema era realizado por meio de cooptação de servidores de autarquias, que teriam recebido propina e outros benefícios indevidos para permitirem o cometimento de diversos crimes, dentre eles, falsidade ideológica, prevaricação, advocacia administrativa, inserção de dados falsos, em base de dados oficiais e formação de quadrilha.
Calcula-se que tais ações criminosas tenham gerado um prejuízo de mais de R$ 65 milhões aos cofres públicos.
As investigações
As investigações tiveram início em 2013, a partir do recebimento de denúncias do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
O nome da operação é uma referência à passagem bíblica que diz: “O ímpio aceita às escondidas o suborno para desviar o curso da Justiça”.
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