LETICIA AVALOS
DA REDAÇÃO
O segundo suplente Rafael Yonekubo (PL) assumiu, nesta quinta-feira (15), a vaga do vereador Chico 2000 (PL) na Câmara Municipal de Cuiabá, após o titular ser afastado pela Justiça no âmbito das investigações da Operação Perfídia. Em coletiva de imprensa, ele garantiu que não exonerará nenhum servidor do gabinete de Chico 2000.
“Não vou exonerar ninguém. Vou trabalhar com eles. Não conheço nenhum ainda, vou conhecer, mas a minha intenção é mantê-los, em respeito ao Chico”, afirmou à imprensa.
Yonekubo tomou posse da vaga após o primeiro suplente do partido, Fellipe Corrêa (PL), abrir mão do direito para continuar atuando como secretário de Agricultura e Trabalho do município. Segundo Yonekubo, a decisão de manter os servidores não foi orientada pelo partido, mas recebeu o aval de Corrêa.
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“Foi uma decisão minha. A gente conversou e o Fellipe Corrêa falou assim: ‘Eu acho que é legal você manter o pessoal dele’. Porque são pais de família, e eu tenho esse meu lado coração”, disse o agora vereador.
Com a incerteza sobre o futuro de Chico 2000 na Casa de Leis cuiabana, o empresário declarou que está pronto para sair de cena caso o titular seja absolvido. “Se o Chico vai voltar ou não, isso cabe à Justiça. Se a Justiça determinar que ele volte, aí eu volto para a minha casa”, afirmou.
Operação Perfídia
Deflagrada no último dia 29 de abril, a Operação Perfídia, da Polícia Civil, investiga um suposto esquema de corrupção na Câmara Municipal de Cuiabá. Na ocasião, foram cumpridas 27 ordens judiciais, incluindo mandados de busca e apreensão, sequestro de bens, valores e imóveis, além da quebra de sigilos telefônicos e eletrônicos.
Os vereadores Chico 2000 (PL) e Sargento Joelson (PSB) tiveram seus gabinetes vasculhados e foram afastados da Casa de Leis, sob suspeita de terem recebido propina da construtora HB20 para garantir a aprovação de uma matéria legislativa.
A denúncia do suposto esquema partiu de um funcionário da própria empresa. Segundo o inquérito, ao qual o MídiaJur teve acesso, o valor supostamente pago aos parlamentares teria sido de R$ 250 mil.
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