ALLINE MARQUES
DIÁRIO DE CUIABÁ
O advogado Ronan de Oliveira, responsável pela defesa do ex-secretário de Estado Eder Moraes, irá ingressar com uma Ação Cautelar para suspender a divulgação do depoimento de seu cliente dado ao Ministério Público Estadual, o qual incrimina autoridades do Estado.
Oliveira explica que não há motivo para que este depoimento seja divulgado, já que Eder fez uma retratação e explicou os motivos pelos quais deu tais declarações.
“Vamos ingressar com uma ação cautelar, pois não há motivo para que o depoimento seja divulgado porque o Eder já se retratou. A retratação foi importante do ponto de vista de que ele não queria dizer o que disse antes, pois foi orientado no começo do ano”, afirmou o advogado.
Eder é o centro da investigação da Operação Ararath que já deflagrou seis etapas, sendo que em uma delas, o ex-secretário foi preso, permanecendo 81 dias na cadeia.
O esquema apurado pela Polícia Federal é referente a lavagem de dinheiro para financiamento de campanha.
Na época como secretário de Fazenda, Eder era o responsável a dar legalidade a pagamento de precatórios efetuados para empreiteiras que depois devolviam parte do dinheiro em forma de doação para campanha. No termo de retratação, o ex-secretário diz ter sido induzido pelos membros do MPE que se aproveitaram de “seu momento de fragilidade emocional”, uma vez que haviam prometido indicá-lo para uma vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE) e o acordo não foi cumprido.
Ele desmentiu o esquema de venda de vaga no TCE, pagamento feito à Encomind ou qualquer outro fato narrado no depoimento realizado em janeiro.
A assessoria do MPE informou que os promotores do caso não irão se manifestar sobre o assunto.
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