GIOVANA GIRALDELLI
DA REDAÇÃO
Nesta quarta-feira (18), o deputado estadual Wilson Santos (PSD) classificou como um “estupro coletivo” a situação enfrentada pelos servidores públicos de Mato Grosso diante dos empréstimos consignados. À imprensa, o parlamentar afirmou que a ausência de reajuste salarial entre 2019 e 2021 levou os funcionários a um estado de necessidade, o que teria sido explorado por bancos, sociedades de crédito e pelo próprio governo estadual.
“O servidor sofreu um estupro coletivo: a MT Desenvolve violou quando não fiscalizou essa relação; a Seplag machucou quando não fez o controle dos consignados; os pequenos bancos, sociedades de crédito e agora o Banco do Brasil, todos aproveitaram dessa situação calamitosa financeira do servidor pra arrancar um pedaço”, disse.
Questionado sobre não ter assinado nenhum dos requerimentos de CPI apresentados, o deputado declarou que o caso segue sendo apurado pela Assembleia Legislativa e comparou os trabalhos a uma CPI já em andamento, mesmo sem a formalização. “Não assinei [nenhum requerimento] porque a CPI já estou fazendo. Só não enxerga quem não tem olhos. A CPI já está sendo feita. Todos serão convocados, todos serão chamados, ninguém que teve relação com os consignados ficará de fora”, garantiu.
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O caso ganhou força no mês passado, após denúncias de irregularidades e relatos de práticas abusivas em contratos de consignados firmados com servidores estaduais. A repercussão levou o governo a suspender temporariamente novas operações e o Tribunal de Contas do Estado (TCE) a exigir que todas as instituições financeiras apresentem os contratos firmados com funcionários públicos, com prazo até o próximo dia 30. Além disso, o Procon identificou 16 irregularidades em operações desse tipo, o que reforçou a necessidade de apuração mais ampla.
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Agnaldo 20/06/2025
Mais uma prática do Banco do Brasil é a inserção de seguros com 10% ou mais do valor solicitado sem informar ao cliente, sem consentimento do cliente. Deve ter mais bancos fazendo isso. Consegui o cancelamento depois de um dia inteiro lutando, ainda morderam 15% do valor do seguro porque alegaram que estava no contrato da apólice que não me informaram nem me apresentaram, na realidade nem sabia dessa inserção do seguro.
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