LAICE SOUZA
DA REDAÇÃO
Após dois anos da decisão que condenou ex-diretores da Cooperativa Agrícola de Lucas do Rio Verde (Coopelucas) e funcionários do Banco do Brasil, da cidade de Lucas do Rio Verde (354 km ao Norte de Cuiabá), pelo crime de estelionato, ainda faltam réus a serem citados da decisão.
A demora se dá pelo fato de que parte dos condenados pelo juiz federal Julier Sebastião da Silva não reside em Mato Grosso.
Conforme o Código de Processo Penal, somente após a citação de todos os réus é que se abre o prazo para a apelação ao Tribunal Regional Federal da Primeira Região.
Os oito réus condenados à prisão ainda não estão cumprindo suas respectivas penas porque obtiveram o direito de apelar em liberdade.
Foram condenados, de quatro a dezenove anos de prisão, Ilvo Vendrúsculo, Antonio Fagundes de Oliveira, José Nakiri e Joci Poccini, todos então diretores da Cooperlucas; Carlinho José Ceratti e Milton Luciano dos Santos, funcionários do Banco do Brasil; e Pedro Ferreira e Paulo Roberto Bezerra, da Business Consultoria.
Além disso, foi decretado o perdimento de bens dos envolvidos no valor de R$ 230 milhões.
Caso Cooperlucas
De acordo com investigações da Policia Federal, os acusados teriam formado um esquema que desviou R$ 230 milhões do Governo Federal.
O esquema consistia em fraude e extravio na armazenagem de grãos da cooperativa, em Lucas do Rio Verde, que era fiel depositário da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Os envolvidos teriam realizado operações de financiamento agrícolas pelo Branco do Brasil e os grãos, que deveriam ser entregues à União, para amortização da dívida contraída junto ao banco, teriam sido desviados.
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