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POLÍTICA Quarta-feira, 10 de Dezembro de 2014, 12:58 - A | A

10 de Dezembro de 2014, 12h:58 - A | A

POLÍTICA / DOCUMENTOS À PF

Eder diz que Ararath só avançou por causa de sua colaboração

Réu em ação da Justiça Federal, ex-secretário de Estado relatou detalhes de sua ida à Polícia Federal

DO MIDIANEWS



Ex-secretário de Estado, Eder Moraes afirmou à Justiça Federal que a Operação Ararath só avançou por causa dos documentos que ele entregou à Polícia Federal, em Brasília.

Ele é um dos réus já denunciados pela investigação, que tem por objetivo desbaratar um esquema de lavagem de dinheiro público em Mato Grosso.

A declaração foi feita durante depoimento ao juiz federal Jefferson Schneider, da 5ª Vara Federal de Cuiabá, no dia 7 de agosto passado.

“No relatório de um dos delegados, ou da denúncia, dizem que os documentos que eu entreguei à Polícia Federal representava 1% da Operação Ararath, ou 1% dos documentos que ampararam a operação. Isso é uma mentira deslavada. Os alvos da denúncia só foram conhecidos por causa dos documentos que eu entreguei à Polícia Federal. E eles omitiram essa informação”, afirmou.

"No relatório da denúncia, dizem que os documentos que eu entreguei à Polícia Federal representava 1% da Operação Ararath. Isso é uma mentira deslavada. Os alvos da denúncia só foram conhecidos por meio dos documentos que eu entreguei à PF"


Segundo Eder, todos os documentos que embasaram a denúncia foram entregues por ele, em dezembro de 2013, na sede da PF em Brasília, presenciado pelo promotor de Justiça Marcos Regenold.

Entre os documentos, estavam 70 cartas de fiança do Estado para empreiteiras, dadas como garantia para operações com o Bic Banco.

"Chupei um picolé"

“Os agentes federais marcaram um encontro por volta das 14 horas, na porta de uma churrascaria. Chegaram lá e me levaram num carrinho de picolé, pra chupar um picolé. Tá bom, chupei um picolé. Daí entramos num carro velho, todo empoeirado, sujo... Tava chovendo muito em Brasília”, contou.

“Todo mundo tava ensopado, por causa da chuva. Fomos para esse prédio, cheio de policiais. Peguei minha pasta e entreguei a eles. Eram cheques originais de autoridades públicas. Notas fiscais originais de autoridades públicas, inclusive com prerrogativa e privilégio de foro”, relatou.

“E comecei a explicar cada um dos documentos. Começou a ficar tarde e se aproximar o horário do voo de volta para Cuiabá. E eles disseram: ‘vamos nos comunicar por meio de um e-mail secreto. Você entra, todos os dias, às 13 horas e 19 horas. Não me recordo a senha”, disse.

Segundo Eder, na ocasião um delegado da Polícia Federal pediu informações sobre a Ferconsult, empresa portuguesa que elaborou um plano para a implantação do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), e da empresa Lenda Turismo.

"Os agentes federais marcaram um encontro na porta de uma churrascaria. Chegaram lá e me levaram num carrinho de picolé, pra chupar um picolé. Tá bom, chupei um picolé. Daí entramos num carro velho, todo empoeirado, sujo... Tava chovendo muito em Brasília"


Eder também disse ao juiz federal, durante o depoimento, que ele pessoalmente procurou o Gaeco (Grupo de Ação Especial de Combate ao Crime Organizado), órgão do Ministério Público Estadual, sem fazer qualquer contato prévio. E que, na ocasião em que foi à sede do Gaeco, em Cuiabá, o promotor de Justiça que estava à disposição, naquele horário, era Regenold.

“Procurei o Gaeco porque queria colaborar. A partir daí só falei com o Gaeco e com a Polícia Federal. Depois, os delegados disseram que minhas informações estavam desconexas. Que eu estava tentando desviar foco para atingir inimigos políticos. Que inimigos? Com aqueles que trabalhei por 12 anos? Esses não são meus inimigos. Não havia nada desconexo. Usaram tudo para amparar a denúncia”, disse.

Crítica a Júnior Mendonça

Durante o depoimento, Eder também criticou o empresário Júnior Mendonça, suspeito de ser o principal operador do esquema de lavagem de dinheiro público em Mato Grosso.

“O Júnior mentiu em algumas ocasiões ao me acusar. Ele fez, entre aspas, uma delação espontânea porque sabia que os documentos que eu entreguei à Polícia Federal poderia lhe comprometer. Então, ele saiu na frente e fez a delação da forma que melhor lhe aprouvesse”, disse.

Mendonça teve delação aprovada pela Justiça Federal e aceito devolver, nessa fase da operação, R$ 12 milhões aos cofres públicos, divididos em seis parcelas semestrais. A primeira foi paga em junho passado.

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