MAX AGUIAR
DA REDAÇÃO
O juiz federal Jefferson Schneider, da 5ª Vara Federal de Cuiabá, indeferiu, na noite de quinta-feira (31), a participação da colunista social Karina Nogueira nos depoimentos em defesa do ex-secretário de Fazenda, Eder Moraes, no processo penal originário da Operaçao Ararath.
O motivo é o atraso dos advogados de defesa de Eder em citarem o nome de Karina como uma das testemunhas, nas últimas etapas das audiências, na Justiça Federal, ontem e nesta sexta-feira (1º).
Para o advogado Fábio Lessa, Karina não teve seu nome indeferido por ser ex-esposa de Júnior Mendonça, mas sim por ser o último nome entregue na relação dos que iriam depor no processo.
“O juiz Schneider entendeu que não é necessário o depoimento dela e o tempo também não foi dentro do prazo", disse o advogado.
Karina foi casada com o empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, conhecido como "Júnior Mendonça", dono da rede Amazônia Petróleo e um dos alvos da Operação Ararath, deflagrada pela Polícia Federal em maio passado.
O empresário é considerado o epicentro do suposto esquema de lavagem de dinheiro investigado pela PF.
Foi por meio de uma denúncia de Karina que a Polícia começou a investigar movimentações financeiras suspeitas, feitas por Mendonça. S
Segundo a denúncia, por meio de suas empresas, ele "lavava" dinheiro público.
A defesa de Eder entendia que o depoimento de Karina poderia dar novos rumos no processo, porque foi a colunista quem contou, em depoimento à PF, que seu ex-marido trabalhava com agiotagem desde 2001.
A colunista disse, em entrevistas, que chegou a ser ameaçada de morte após as denúncias.
Até agora, 19 pessoas já foram ouvidas nas três audiências.
Hoje, devem depor testemunhas de Luiz Antônio Cuzziol, ex-superintendente do BicBanco; de Vivaldo Lopes, ex-secretário do Tesouro do Estado; e de Eder Moraes.
O ex-secretário de Fazenda vai acompanhar os últimos depoimentos dessa fase de oitivas. A audiência começa a partir das 13h30.
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