FLÁVIA BORGES
DA REDAÇÃO
A Justiça Federal de Mato Grosso rejeitou novamente o pedido de retorno ao cargo do delegado Paulo Rubens Vilela, que pleiteava a volta ao comando da direção-geral da Polícia Civil. A decisão foi do juiz Fábio Henrique Rodrigues de Moraes Fiorenza, da 5ª Vara Federal de Cuiabá.
Vilela é réu em uma ação de improbidade administrativa interposta pelo Ministério Público Federal (MPF). Vilela respondia por cometer quebra de segredo de Justiça e prevaricação para supostamente beneficiar o presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PSD), em uma investigação eleitoral.
De acordo com a denúncia, o delegado teria editado uma portaria na qual ficaria responsável pelos documentos de investigação em trâmite na Delegacia de Polícia de Campo Verde, que apurava crimes eleitorais supostamente cometidos deputado nas eleições de 2010.
Ainda segundo a denúncia do MPF, no dia seguinte, os assessores de Vilela juntamente com um assessor de Riva foram a Campo Verde buscar o documento da investigação. Após conseguir o material que continha informações sobre interceptações telefônicas e documentos apreendidos, o delegado as passou para Éder Moraes, então Chefe da Casa Civil de Mato Grosso, quebrando sigilo funcional, de acordo com a denúncia.
Para os procuradores da República responsáveis pelo caso, o delegado quis tomar a responsabilidade sobre a investigação. E as investigações, também conforme os procuradores, só não foram frustradas porque o delegado de Campo Verde informou ao Juízo Eleitoral sobre a portaria, que juntamente com o Ministério Público determinou que a investigação passasse a ser conduzida pela Polícia Federal.
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